Pobres Criaturas
Quando foi a última vez que você fez algo pela primeira vez?
O ineditismo não se compara a nenhuma outra sensação. Explorar os limites, conhecimentos, novidades. O êxtase toma conta dos sentidos, da alma, da mente. Faz parecer que Deus existe. Fecho os olhos e me recordo da vez que provei um pastel de Belém pela primeira vez em Portugal. É… São orgasmos mentais, sensitivos, divinais.
Bella Baxter é um experimento de God. Ele faz com ela uma repetição do que seu próprio pai fez consigo. Brincando de Deus e inspirado no próprio Pai. O criador e a criatura se repetem. E essa nova figura que formou ganha contornos de experimento social. A beleza que já dizia em seu nome atrai homens. Encanta. Mas Bella está pronta pra explorar mais do que 15 palavras novas por dia. Ela quer sentir o clítoris pulsar e sentir-se cavalgando. Quer ler livros. Quer estudar como ser alguém diferente e que faz a diferença.
O que aconteceu antes? Quem se importa? Bella está aqui pra fazer história. É uma das personagens mais emblemáticas dos últimos tempos. Se ela lê, é aprisionada por uma fera e desdenha de um homem-lixo ela, diferente da sua xará, dá as cartas. Dá muito mais que isso. É dela… ela faz o que quiser.
O que Yorgos nos propõe com o exótico mundo de Bella é explorar as possibilidades de um mundo inédito, ousado, pastiche e surrealista. Deixa de lado qualquer conto de fadas pra fazer um conto da foda. De delírios. De desejos. De empoderamento empolgado, divertido. Estranho. E a cada novo lugar, cidade, pessoa e ambiente Bella ganha poderes. Ganha noção. Ganha força. Bella tem todos super trunfos pra brilhar. Pra dominar a porra toda. Um Frankstein elevado à enésima potência.
Bella, meu mundo é seu.
Bem vindo ao mundo de Bella Baxter. Que filme! Que atuações. Que design de produção. De som. De trilha. De criatividade. De cinema. Yorgos, você é maluco! Obrigado por me fazer sentir ver algo novo pela primeira vez.
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