A Liberdade é Azul
Nome Original: Trois Couleurs:Bleu
Diretor: Krzysztof Kieslowski
Ano: 1993
País: França, Polônia e Suiça
Elenco: Juliette Binoche
Prêmios: Leão de Ouro, Melhor Fotografia e Melhor Atriz no Festival de Veneza; Goya de Melhor Filme Estrangeiro; César de Melhor Atriz, Edição e Som.
Liberdade: sf (lat libertate) Estado de pessoa livre e isenta de restrição externa ou coação física ou moral.
O Azul é lindo.
Como superar a morte? Morrendo. Julie não é capaz de acabar com sua própria vida - é fraca. Perder a pequena filha e o marido, um famoso compositor, é demais para ela. Ter novamente a liberdade, de modo trágico, a fez acreditar que estar livre é estar preso àquelas pessoas. Ser livre é difícil, muito difícil. Como ela mantêm-se viva - fisicamente - ela se desfaz de tudo que a remeta à lembrança de sua família. Fecha-se no seu mundo. Nada mais importa, apenas ela - e acompanhamos tudo de bem perto, close atrás de close. Será que não ter lembranças, esquecer as recordações, os bens, os amigos são mesmo armadilhas? Para Julie, sim.
Liberta à força, ela quer mesmo é se jogar num precipício azul. Mas no mundo real isso não é totalmente possivel, e no fundo, ela sabe disso. Toda a dor que vive a personagem é sublimada. O silêncio sepulcral que temos em diversos momentos serve para percebermos que a realidade da moça é também a nossa. E nos momentos de maior tensão a que Julie é exposta, somos acachapados com agudos sinfônicos e imponentes. Talvez seja um indício de que é necessário voltar à realidade e encarar a liberdade, que só quem é vivo pode ter.
A piscina é um refugio à liberdade que lhe foi dada, sem ser pedida. Lá, na imensidão celeste do quadrilátero ela volta a ter paz, chorar em paz. Enchê-la de lágrimas, pois ter paz é uma utopia, banhada de azul-turquesa. E a liberdade então. Aliás, o que será essa tal liberdade?
Tenho a liberdade de dizer: Juliette Binoche é sensacional, como um céu azul anis.
Vitor Stefano
Sessões
Diretor: Krzysztof Kieslowski
Ano: 1993
País: França, Polônia e Suiça
Elenco: Juliette Binoche
Prêmios: Leão de Ouro, Melhor Fotografia e Melhor Atriz no Festival de Veneza; Goya de Melhor Filme Estrangeiro; César de Melhor Atriz, Edição e Som.
Liberdade: sf (lat libertate) Estado de pessoa livre e isenta de restrição externa ou coação física ou moral.
O Azul é lindo.
Como superar a morte? Morrendo. Julie não é capaz de acabar com sua própria vida - é fraca. Perder a pequena filha e o marido, um famoso compositor, é demais para ela. Ter novamente a liberdade, de modo trágico, a fez acreditar que estar livre é estar preso àquelas pessoas. Ser livre é difícil, muito difícil. Como ela mantêm-se viva - fisicamente - ela se desfaz de tudo que a remeta à lembrança de sua família. Fecha-se no seu mundo. Nada mais importa, apenas ela - e acompanhamos tudo de bem perto, close atrás de close. Será que não ter lembranças, esquecer as recordações, os bens, os amigos são mesmo armadilhas? Para Julie, sim.
Liberta à força, ela quer mesmo é se jogar num precipício azul. Mas no mundo real isso não é totalmente possivel, e no fundo, ela sabe disso. Toda a dor que vive a personagem é sublimada. O silêncio sepulcral que temos em diversos momentos serve para percebermos que a realidade da moça é também a nossa. E nos momentos de maior tensão a que Julie é exposta, somos acachapados com agudos sinfônicos e imponentes. Talvez seja um indício de que é necessário voltar à realidade e encarar a liberdade, que só quem é vivo pode ter.
A piscina é um refugio à liberdade que lhe foi dada, sem ser pedida. Lá, na imensidão celeste do quadrilátero ela volta a ter paz, chorar em paz. Enchê-la de lágrimas, pois ter paz é uma utopia, banhada de azul-turquesa. E a liberdade então. Aliás, o que será essa tal liberdade?
Tenho a liberdade de dizer: Juliette Binoche é sensacional, como um céu azul anis.
Vitor Stefano
Sessões
Este é um dos meus filmes favoritos e um dos mais tristes que já vi.
ResponderExcluirGostei muito do post, e parabéns pelo Blog!
quero muito ver essa trilogia há tempos!
ResponderExcluiradorei o blog.. assinei os feeds e tudo! parabéns!!
Da trilogia este é meu filme favorito, e entre os que mais gosto dentre todos os filmes que já vi. Talvez por causa da cor, por causa de Juliette Binoche, por causa da música, enfim, eu gosto de tudo neste filme. Minhas cenas favoritas? Duas cenas deslumbrantes: Julie, absorta, mergulhando um tablete de açúcar dentro da xícara de café e a outra quando a tela do cinema sofre os efeitos daquele mobile de pedaços de azuis e o olhar dela.
ResponderExcluirEsse filme é cheio de inspirações artísticas, mesmo em se tratando de morte. A música, o tom azulado da piscina, o personagem músico, o desprender-se de coisas materiais, de tudo. Gosto muito de Juliette Binoche, e nesse filme ela mergulha, literalmente, em um mundo especial, tranquilo, dela. A Liberdade é Azul porque é essa cor que nos remete ao céu, onde não há limite para ser livre!
ResponderExcluirAinda não assisti ao filme, mas achei interessante como esse título me chamou atenção desde quando achei esse blog, pois a liberdade através desse filme parece ser definida como algo infinito e um estado de paz desejado e buscado por todos seja qual for a condição em que se encontrem, sempre será um bem a ser alcançado, talvez por ser algo que podemos sentir sem tocar, será?
ResponderExcluirLiberdade é um tema que por si só faz parte da arte,afinal a partir dela que se cria, se transforma, se vive, no entanto exercer a liberdade é um dos grandes dilemas de todos os tempos.
ResponderExcluirJustamente nessa encruzilhada ( vida e arte ) que "A liberdade é azul" radia o feixe inicial da trilogia das cores. Podemos viver de arte? A arte pode nos ajudar a viver? Viver é uma arte? Como reaprender? Como se livrar de nossos medos? Como sermos nós mesmo? Ou mais instigante ainda, como voltar a ser eu mesmo?
Essas são questões profundas demais para exigirmos que um filme nos responda, mesmo assim "A liberdade" nos enche dessas matizes, tão atemporais quanto rotineiras, tão impalpáveis quanto esfuziantes, tão vivas, quanto azuis...
Adoro a trilogia de Kieslowski, mas esse filme é o meu preferido. A Liberdade é Azul é um filme denso, que consegue, ao mesmo tempo, ser leve...é um filme onde Julie está sempre nos falando com o olhar...aliás, olhares, gestos, música e fotografia, são mais importantes que os diálogos. É uma história onde a dor é tratada de forma poética, por isto a sensação de leveza. E quando a tela se enche de azul e a música transborda na mente da personagem, dá a impressão de que ela, mesmo que por alguns segundos, finalmente, consegue se libertar dessa dor.
ResponderExcluirNão tive uma referência muito precisa sobre a trilogia até a postagem do Vitor no Sessões. Pra mim tratava-se de uma filme político, já que usa as cores da bandeira para enumerar cada história. Procurei até não ler nada para não ser influenciado em minha avaliação.
ResponderExcluirFui surpreendido ao ver que são histórias cotidianas, sem uma intenção direta em defender os valores da nação francesa, como eu pensei que seria. São filmes que exploram esses tema no dia a dia dos pesonagens, nos dramas da vida real, apesar de ser uma obra de ficção.
Interessante como o filme que aborda a liberdade. Este conceito que dá uma impressão positiva, de conquista, de felicidade, de autonomia, é apresentado pelo filme de maneira inversa. A protagonista, interpretada pela ótima Juliete Binoche, foi apresentada à sua liberdade de maneira cruel, sem chance de escolha. Viu-se livre porque perdeu a família de maneira trágica. De certa maneira não era livre porque vivia presa aos seus fantasmas e ao sofrimento mais dolorido da alma.
Belo e triste.
Carlos Nascimento
Sessões
Dois fatores me impressionaram neste filme. Primeiro, a atuação de Juliette Binoche. Lhe é dada a responsabilidade de levar o filme praticamente só, e o faz com uma atuação deslumbrante, intensa, com cuidado extremo aos detalhes, soberana.
ResponderExcluirSegundo, o ritmo do filme. É como se vivêssemos a protagonista Julie em cada momento, em cada avanço e retorno que ela dá na descoberta de sua liberdade forçada pela vida e o que irá fazer dela. O ritmo do filme retrata com uma precisão extrema os sentimentos, as causas e as consequências dos atos da personagem.
Um filme incrível que mostra a liberdade do homem através dele, retrato da filosofia positivista, entre outras. Agora vou ao branco e ao vermelho.
@_DanielSilva
Eu já namorei uma francesa
ResponderExcluirEu já fui trocado por um frances
Eu não sou frances e não conheço a frança
Está na hora de eu arrancar alguma casquinha deles...
ahhh vá!