O Dublê

 


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Tiro, explosão, perseguição, beijinho, traição, cinema, capotamento, sarcasmo, perigo, mentira, CGI, ego .

O Dublê consegue fazer de um filme dentro do filme uma espécie de homenagem autodepreciativa sobre Hollywood a todo momento. Colt é um dublê incrível e que vive um romance medroso com Jody. Depois de um acidente ele se isola e foge dos sets sem deixar rastros. Até que ele é convocado pra um novo filme. E com a amada na direção. Esse romance explosivo vai acontecer? Talvez não… nem sempre os finais são felizes.

E se o cinema é a arte de ludibriar vemos aqui a sua máxima demonstração. Tudo no filme se propõe a ser exagerado - e empolgante. As cenas de ação são de tirar o fôlego, as motivações são canastronas, o romance é fofo, o filme feito é o clichê mais clichê possível, Tom é ego e autopreservação todinho, a produtora é malevola. É tudo se encaixa como luva e não para. É uma montagem dinâmica, envolvente e que nos provoca a pensar sempre: isso é um filme. Gosling e Blunt estão, claramente, se divertindo nesse poço de clichês e doçura em meio a explosivos, tiros de festim e piadocas muito engradadas. Ritmo incrível. Diversão garantida. Homenagem a dublês feita com muito carinho e honra. O cinema brincando de fazer cinema. E eu, como expectador, amando mais o cinema. Impossível não sair com um joinha!

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