Clube da Luta para Meninas

 


A comédia é um dos gêneros que mais envelhecem mal. Seu uso como retórica sobre o que está posto no momento a transforma em algo abjeto ou antiquado conforme o tempo. Bottoms nasce como uma ideia de usar as alegorias, exageros e caricaturas do feminismo para fazer rir e consegue apenas tentar. E já envelheceu muito mal. 

Se tivemos Barbie com um uso inteligente e irônico sobre, Clube da Luta para Meninas se faz em cima da amizade de duas meninas que buscam flertar com as mais belas cheerleaders da escola. Uma tentativa boa e justa para que essas que eram consideradas as estranhas pudessem estar perto. Usar a sororidade, o abuso, a violência, o subjulgamento como armas de proximidade entre elas.

Há muitas meninas que conseguem trazer o humor para o lado físico ou mesmo pra histeria que deixam boas risadas, porém o ritmo atropelado e inconstante geram monotonias incômodas. Há boas provocações sobre gênero e feminismo. Há bons embates físicos. Porém só admitir no gran finale ser uma grande fantasia deixa tudo num lugar de falsidade, de utopia, de uma grandiosa bobeira. Um filme que acaba se destacando mais pelo teor político - as vezes politicamente incorreto - pra se provar divertido mas… falta o básico, falta o humor. Vergonha alheia, caricaturas bobas e frágeis deixam tudo abaixo do aceitável. Muito ruim. Dessas comédias que não se ri, só fica difícil de aguentar mesmo…

#bottoms. 

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