Bastardos Inglórios


Nome original: Inglorious Basterds
Diretor: Quentin Tarantino
Ano:2009
País: EUA e Alemanha
Elenco: Brad Pitt, Christoph Waltz, Eli Roth, Diane Kruger, Daniel Brühl, Mélanie Laurent
Prêmios: Cannes de Melhor Ator e Bafta, Oscar e Globo de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante para Christoph Waltz.
Bastardos Inglórios (2009) on IMDb


Um dos episódios recentes da história da humanidade que mais chocaram foi, sem dúvida, o massacre dos judeus na Europa pelos Nazistas no período da segunda guerra mundial.
Desde então, esta mesma história nos invoca a memória de um povo judeu frágil, indefeso, violentado e sem condição alguma de defesa ou contra ataque.

Muitos filmes já abordaram esta mesma característica mas em Bastardos Inglórios, Quentin Tarantino traduz o ódio dos judeus ante ao ódio dos nazistas. Propõe o pagamento na mesma moeda e mostra que os judeus também tinham sangue nos olhos.

Nesta produção, que concorre ao Oscar de melhor filme, Brad Pitt comanda uma equipe de judeus americanos que tem como missão perseguir e massacrar nazistas na Europa. E para isso, o grupo não economiza em crueldade e violência. A ordem é: não basta matar nazista, tem que humilhar, provocar dor, desespero e escalpelar, tirar o couro da cabeça.

Interessante notar a pegada Tarantinesca numa história que, por suas características (filme de segunda guerra), poderia não permitir a introdução de elementos de cultura pop tão presentes em suas produções anteriores.

Mesmo tocando em um tema e uma época bastante particular, é possível notar um quê de Kill Bill, Pulp Fiction, Cães de Aluguel. Ao mesmo tempo que é sério, é também sarcástico, cômico, dramático, irônico.

Sua trilha sonora dá aquele tom rockabille, surf-music que é outra marca registrada de Tarantino. E não faltam aquelas cenas famosas do diretor em todas suas produções, quando um grupo de inimigos se encontram num mesmo espaço e tempo e todos apontam armas para a cabeça de todos.

Tudo faz parte de um universo propositalmente exagerado. Trata-se de uma obra de ficção que pode ser levada em consideração, porém não deve ser levada muito a sério. Afinal, os alemães não perderam a guerra por causa de um incêndio numa sessão de cinema. Hitler não foi morto numa emboscada e crivado de balas feito um queijo suíço. E os judeus também não eram tão cruéis assim, não é?
Será?

Carlos Nascimento
Sessões

Comentários

  1. A meu ver o título já foge bastante ao comum, pois até hoje não consegui incorporar nenhuma destas duas palavras ao meu vocabulário: Bastardos Inglórios? Que diabos será isto?
    Um filme que tem a marca da direção muito nítida até para os mais leigos, aliás acredito este ser um dos grandes ganhos de Tarantino, ele chega a ser didático nos seus trabalhos, pois deixa bem claro para que serve um diretor e o que ele está realizando por trás da câmera. O filme surpreende pela qualidade dos efeitos, figurinos, elenco, roteiro e produção e acredito que Tarantino nunca teve um orçamento tão cehio de zeros a seu dispor e não é segredo pra ninguém que o dinheiro é muitas vezes crucial para que a imaginação e a competência apareçam.
    Creio que mesmo no século XXI, tratar o tema do nazismo desta forma ainda seja uma grande ousadia. No século XX, acredito que não haveria aceitação do público deste tipo de ficção, pois o fantasma da II GG Mundial e do nazismo é sem dúvida uma vergonha para a humanidade, mas o tempo vai curando as feridas e fazendo a coisa parecer distante. Será? Mas, acredito que o tempo e a abordagem também são responsáveis pela torcida desta vigança cinematográfiaca dos judeus. Morram nazistas miseráveis nas mãos destes bastardos! É um gozo a destruição em série destes militares exatamente por aquelas mãos, que até então eram oprimidas e indefesas.

    "Xoxana" é a estrela! Uma das melhores atrizes francesas da atualidade. Foi uma das divas francesas apontadas por Sessões em postagem anterior e está muito bem no papel. Atraente, magnética e fêmea!

    No mais, é redundante falar da trilhae das referências sempre presentes nos filmes de Tarantino. Bastardos vai de Cinderela ao Poderoso Chefão.

    Enfim, Tarantino prova que cinema pode ser tudo o que ele deixa de ser e não deixar de ser cinema. Novas óticas são bem vindas. Aliás, o bicho para gostar de novidade é o ser humano.

    Leandro Antonio
    Sessões

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  2. Assisti neste domingo, gostei muitooo, so nao gostei mais pq infelizmente hitler era esperto demais, para ter uma morte assim.

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  3. O que dizer do filme que retrata a melhor realidade do que poderia ter ocorrido com nosso “saudoso” Hitler?
    Quem não queria que tivesse acontecido aquilo mesmo? Metralhar Hitler em uma sala de cinema é a coisa mais incrível que poderia acontecer na nossa história mundial.
    A vingança dos judeus, quem diria, um dia eles iriam poder contar o lado deles da história! E que lado!
    Até eu me tornei judia depois do filme!
    Nesse filme eu vou conseguindo me convencer de que o Brad Pitt não é um rostinho bonito somente. Aliás nesse filme ele está horrível (fisicamente). A construção do personagem foi total, em que eu achei feio apenas por seu falar, seu comportamento, seu ser. Não precisava de uma maquiagem para torná-lo feio. Ou seja, isso pra significa que ele é um grande ator, capaz de não só fazer, como ser outra pessoa.
    O ganhador do Oscar de ator coadjuvante Christoph Waltz chegou chegando. Ele era uma espécie de torturador de mentes. Ele transmitiu um misto de amor e ódio, pois ele era um caçador de judeus (pessoas) e ainda assim eu o achei o máximo. Coadjuvante com efeitos especiais.

    No mais, trata-se de mais uma obra prima do Tarantino que passa a fazer parte dos meus favoritos.

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  4. O que dizer do filme que retrata a melhor realidade do que poderia ter ocorrido com nosso “saudoso” Hitler?
    Quem não queria que tivesse acontecido aquilo mesmo? Metralhar Hitler em uma sala de cinema é a coisa mais incrível que poderia acontecer na nossa história mundial.
    A vingança dos judeus, quem diria, um dia eles iriam poder contar o lado deles da história! E que lado!
    Até eu me tornei judia depois do filme!
    Nesse filme eu vou conseguindo me convencer de que o Brad Pitt não é um rostinho bonito somente. Aliás nesse filme ele está horrível (fisicamente). A construção do personagem foi total, em que eu achei feio apenas por seu falar, seu comportamento, seu ser. Não precisava de uma maquiagem para torná-lo feio. Ou seja, isso pra significa que ele é um grande ator, capaz de não só fazer, como ser outra pessoa.
    O ganhador do Oscar de ator coadjuvante Christoph Waltz chegou chegando. Ele era uma espécie de torturador de mentes. Ele transmitiu um misto de amor e ódio, pois ele era um caçador de judeus (pessoas) e ainda assim eu o achei o máximo. Coadjuvante com efeitos especiais.

    No mais, trata-se de mais uma obra prima do Tarantino que passa a fazer parte dos meus favoritos.

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