A Criança
Nome original: L'Enfant
Diretor: Jean-Pierre e Luc Dardenne
Ano: 2005
País: Bélgica / França
Elenco: Jérémie Renier e Déborah François.
Prêmios: Palma de Ouro no Festival de Cannes
Sonia e Bruno. Uma criança, fruto desse casal juvenil, chega ao mundo para trazer à tona conflitos de ideais e valores desses adolescentes com pouca coisa em suas cabeças. Não apenas o dilema de ser pai sem nenhum planejamento ou uma gravidez inesperada, mas entender o sentido da vida.
Bruno, é um o pai inexperiente de apenas 20 anos e que tem em pequenos delitos com seu ajudante mirim a sua realidade. Realidade estagnada e que não tem nenhum interesse em mudar. Nem a paternidade conseguiu mudar suas atitudes, visando o lucro fácil, acúmulo de dinheiro para viver com certo luxo, um contrassenso pois vivem em um esconderijo à beira de um córrego ou em albergues. Com sua namorada vivem um amor apaixonado e intenso. Depois do nascimento do pequeno Jimmy, Sonia tem uma certa mudança de postura dando a entender que a vida saída de seu ventre a sensibilizou. A única preocupação é com Bruno que vê no dinheiro motivos para atitudes imaturas e impensadas, onde tudo é válido, até colocar a vida de seu próprio filho em jogo. O casal, com todos os motivos, definha e chega ao fundo do poço. Talvez um caminho sem volta.
Tudo nos leva a crer que não há mais esperanças no futuro d'A Criança, porém há o arrependimento. O sentimento sobrepõe a individualidade e mostra que a vida é mais do que apenas o EU. Muito mais do que um problema de vida do casal, o filme mostra um retrato de toda uma geração que parece perdida. Onde seus valores mais intimistas estão sob julgamento. Mas quem somos nós para julgar...
A verdade é que o bebê (interpretado por 21 bebês diferentes) é uma criança, mas Bruno, o pai, é A Criança do filme. Infelizmente vivemos uma época e uma geração que não leva a educação tão sériamente como deveria. Enquanto esperamos um futuro para o mundo, se a responsabilidade for desses jovens de hoje em dia, o mundo terminará antes do que esperamos.
A Criança é como se fosse o bonitinho Juno, sem a ótima trilha sonora, mas com intensidade dramática e qualidade cinematográfica, com sua câmera agil e colada aos personagens, levando-nos para dentro da tela, acompanhando todo o desenrolar dos fatos ao lado do casal com seu herdeiro. Se você só gostou do filme estrelado por Ellen Page apenas pela história bonitinha e pelo casal fofo, não veja esse denso filme dos irmãos Dardenne.
Vitor Stefano
Sessões
Diretor: Jean-Pierre e Luc Dardenne
Ano: 2005
País: Bélgica / França
Elenco: Jérémie Renier e Déborah François.
Prêmios: Palma de Ouro no Festival de Cannes
Bruno, é um o pai inexperiente de apenas 20 anos e que tem em pequenos delitos com seu ajudante mirim a sua realidade. Realidade estagnada e que não tem nenhum interesse em mudar. Nem a paternidade conseguiu mudar suas atitudes, visando o lucro fácil, acúmulo de dinheiro para viver com certo luxo, um contrassenso pois vivem em um esconderijo à beira de um córrego ou em albergues. Com sua namorada vivem um amor apaixonado e intenso. Depois do nascimento do pequeno Jimmy, Sonia tem uma certa mudança de postura dando a entender que a vida saída de seu ventre a sensibilizou. A única preocupação é com Bruno que vê no dinheiro motivos para atitudes imaturas e impensadas, onde tudo é válido, até colocar a vida de seu próprio filho em jogo. O casal, com todos os motivos, definha e chega ao fundo do poço. Talvez um caminho sem volta.
Tudo nos leva a crer que não há mais esperanças no futuro d'A Criança, porém há o arrependimento. O sentimento sobrepõe a individualidade e mostra que a vida é mais do que apenas o EU. Muito mais do que um problema de vida do casal, o filme mostra um retrato de toda uma geração que parece perdida. Onde seus valores mais intimistas estão sob julgamento. Mas quem somos nós para julgar...
A verdade é que o bebê (interpretado por 21 bebês diferentes) é uma criança, mas Bruno, o pai, é A Criança do filme. Infelizmente vivemos uma época e uma geração que não leva a educação tão sériamente como deveria. Enquanto esperamos um futuro para o mundo, se a responsabilidade for desses jovens de hoje em dia, o mundo terminará antes do que esperamos.
A Criança é como se fosse o bonitinho Juno, sem a ótima trilha sonora, mas com intensidade dramática e qualidade cinematográfica, com sua câmera agil e colada aos personagens, levando-nos para dentro da tela, acompanhando todo o desenrolar dos fatos ao lado do casal com seu herdeiro. Se você só gostou do filme estrelado por Ellen Page apenas pela história bonitinha e pelo casal fofo, não veja esse denso filme dos irmãos Dardenne.
Vitor Stefano
Sessões
É interessante contrapor este filme à 'Juno', pois mostra o abismo entre como a sociedade americana e a francesa se vêem.
ResponderExcluirOs franceses enxergam bem a realidade, nada diferente da brasileira. Uma juventude sem perspectiva e sem responsabilidade para crescer.
O filme dos Dardenne choca porque é real, vemos isso diariamente em nossa volta, apenas sob peles menos pálidas.
Grande filme, Vitor.
Merece ser visto.
Boa lembrança!
Assisti a este filme há algum tempo. Lembro que vi no cinema na época. Reforço o comentário do Armando, mas no meu caso digo que merece ser revisto, pois não lembro de absolutamente - nada! Onde será que estava minha memória naquele dia? Não sei, mas foi um dos filmes que a memória não selecionou.
ResponderExcluirLeandro Antonio
Sessões