Ímpar Par
Nome Original: Ímpar Par
Diretor: Esmir Filho
Ano: 2005
País: Brasil
Elenco: Adriana Seiffert, Alvise Camozzi, Imara Reis, José Rubens Chachá e Sarah Oliveira.
Prêmios: Melhor Curta de Ficção no Festival de Huelva, Melhor Filme no Festival Internacional de Cinema de Kiev, Melhor Curta no Kodak Film school Competition - Etapa Brasil, Melhor Curta - Júri Popular no Festival de Cinema de Campo Grande.
Estamos numa fábula. Poderia ser um musical, já que tudo funciona, é belo e sincronizado. Mas essa não é uma das comuns que se lê todos os dias ou aquelas criadas pelos irmãos Grimm. Até a Cinderela ficaria feliz em participar desta, só para ganhar um par de sapatos novinhos. Mas aqui, Cinderela é Helena e o príncipe é o sapateiro. O som das cordas do violino saúdam os moradores, abre o dia, convoca o sol à brilhar naquela cidadela de ruas de paralelepípedos e de sapatos.
Um sapateiro dedicado e conhecedor de sua arte é o centro das atenções. Atrás daquele balcão identifica e sabe exatamente qual número, gosto e modelo certo para os possíveis clientes que transitam à frente da vitrine. Seus sapatos são lindos. Porém é uma cidade com costumes arraigados. Para que ter mais de um par de sapatos se só se pode usar um por vez. Deixe-os serem usados até não aguentarem mais. Uma cidade pronta para o futuro, contra o consumismo barato e a produção em massa. Um exemplo. Mas a fábula não é essa e nem poderia ser. Uma das transeuntes fixa o olhar do sapateiro que não decifra o tamanho de sua sustentação. Aí flui uma maravilha de curta-metragem, que tem uma micro participação da irmã do diretor, Sarah Oliveira.
O roteiro é costurado com o carinho que o sapateiro tem pelos pés de Helena. Sem a densidade e dramaticidade de outras produções, Esmir Filho prova ter o dom de realizar curta-metragens. Ele tem o cinema nas veias, apesar da pouca idade. É uma revelação e um diamante que temos que cuidar com muito zelo para construir mais para o nosso cinema que é tão maltratado e que não reconhece os seus realizadores. Não vou brindá-los com um som ao violino, mas é uma parceria maravilhosa que já pensei antes de ver o curta pelo nome. César Camargo nos pianos e Pedro Camargo Mariano na voz interpretando “Par ímpar”.
“Se você não me disser, vou descobrir”. Pois é, o sapateiro, de um modo ou de outro, descobriria, Helena.
Vitor Stefano
Sessões
Diretor: Esmir Filho
Ano: 2005
País: Brasil
Elenco: Adriana Seiffert, Alvise Camozzi, Imara Reis, José Rubens Chachá e Sarah Oliveira.
Prêmios: Melhor Curta de Ficção no Festival de Huelva, Melhor Filme no Festival Internacional de Cinema de Kiev, Melhor Curta no Kodak Film school Competition - Etapa Brasil, Melhor Curta - Júri Popular no Festival de Cinema de Campo Grande.
Um sapateiro dedicado e conhecedor de sua arte é o centro das atenções. Atrás daquele balcão identifica e sabe exatamente qual número, gosto e modelo certo para os possíveis clientes que transitam à frente da vitrine. Seus sapatos são lindos. Porém é uma cidade com costumes arraigados. Para que ter mais de um par de sapatos se só se pode usar um por vez. Deixe-os serem usados até não aguentarem mais. Uma cidade pronta para o futuro, contra o consumismo barato e a produção em massa. Um exemplo. Mas a fábula não é essa e nem poderia ser. Uma das transeuntes fixa o olhar do sapateiro que não decifra o tamanho de sua sustentação. Aí flui uma maravilha de curta-metragem, que tem uma micro participação da irmã do diretor, Sarah Oliveira.
O roteiro é costurado com o carinho que o sapateiro tem pelos pés de Helena. Sem a densidade e dramaticidade de outras produções, Esmir Filho prova ter o dom de realizar curta-metragens. Ele tem o cinema nas veias, apesar da pouca idade. É uma revelação e um diamante que temos que cuidar com muito zelo para construir mais para o nosso cinema que é tão maltratado e que não reconhece os seus realizadores. Não vou brindá-los com um som ao violino, mas é uma parceria maravilhosa que já pensei antes de ver o curta pelo nome. César Camargo nos pianos e Pedro Camargo Mariano na voz interpretando “Par ímpar”.
“Se você não me disser, vou descobrir”. Pois é, o sapateiro, de um modo ou de outro, descobriria, Helena.
Vitor Stefano
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