Vênus
Nome original: Venus
Diretor: Roger Michell
Ano: 2006
País: Reino Unido
Elenco: Peter O’Toole, Leslie Phillips e Jodie Whittaker
Prêmios: Humanitas Prize de Melhor Filme - empatado com 'Escritores da Liberdade' de Richard LaGravenese e Melhor Ator Coadjuvante no British Independent Film Award (Leslie Phillips).
Este vídeo acima é o momento mais sublime de todo o filme. É impossível não vê-lo mais de uma vez. É incansável, assim como o filme. ‘Vênus’ é um filme singelo e atemporal. O complexo de Lolita pode ser um dos maiores clichês da história, inclusive do cinema. Pode, mas aqui não é o que acontece. Vemos um relacionamento simples, apaixonado, impossível entre duas pessoas que não representam em nenhum momento a beleza e a sensualidade que o mito de Vênus sempre nos passou. A nossa Vênus, não nasceu numa concha como o mito, nasceu nas ruas, no lixão, na sociedade capitalista, onde a beleza está apenas nos olhos de quem a vê.
Ian e Maurice são amigos de longa data e a chegada da sobrinha-neta de Ian mexe com tudo na vida deles. Ela vive um momento rebelde e que não tem valor pela vida, já Maurice, quer vida para se sentir vivo e vê em Jessie esse combustível. E o clima de paixão nasce naturalmente, sem julgamentos. Não há por que. É tão impossível que esse amor é real, sincero e verdadeiro, quase simbiótico, com rusgas, rugas, impotências e vontades inerentes às pessoas que procuram a paixão.
‘Vênus’ é coroada com a atuação irretocável de Peter O’Toole. Maurice é um personagem tão grandioso e memorável quanto seu Lawrence das Arábias. O toque shakespeariano aliado à sua grandiosa presença, mesmo num personagem tão decadente, dá um ar de arte ao filme, com clichês e problemas, porém toca a alma como poucos filmes sobre Lolitas fazem. Este não é só mais um filme. Temos aqui a personificação de Vênus dessa nossa vida real.
Vitor Stefano
Sessões
Diretor: Roger Michell
Ano: 2006
País: Reino Unido
Elenco: Peter O’Toole, Leslie Phillips e Jodie Whittaker
Prêmios: Humanitas Prize de Melhor Filme - empatado com 'Escritores da Liberdade' de Richard LaGravenese e Melhor Ator Coadjuvante no British Independent Film Award (Leslie Phillips).
“Devo igualar-te a um dia de verão?Mais afável e belo é o teu semblante:O vento esfolha Maio ainda em botão,Dura o termo estival um breve instante.Muitas vezes a luz do céu calcina,Mas o áureo tom também perde a clareza:De seu belo a beleza enfim declina,Ao léu ou pelas leis da Natureza.Só teu verão eterno não se acabaNem a posse de tua formosura;De impor-te a sombra da Morte não se gabaPois que esta estrofe eterna ao Tempo dura.Enquanto houver viventes nesta lida,Há de viver meu verso e te dar vida.”(Soneto 18 de William Shakespeare - 1564-1616)
Este vídeo acima é o momento mais sublime de todo o filme. É impossível não vê-lo mais de uma vez. É incansável, assim como o filme. ‘Vênus’ é um filme singelo e atemporal. O complexo de Lolita pode ser um dos maiores clichês da história, inclusive do cinema. Pode, mas aqui não é o que acontece. Vemos um relacionamento simples, apaixonado, impossível entre duas pessoas que não representam em nenhum momento a beleza e a sensualidade que o mito de Vênus sempre nos passou. A nossa Vênus, não nasceu numa concha como o mito, nasceu nas ruas, no lixão, na sociedade capitalista, onde a beleza está apenas nos olhos de quem a vê.
Ian e Maurice são amigos de longa data e a chegada da sobrinha-neta de Ian mexe com tudo na vida deles. Ela vive um momento rebelde e que não tem valor pela vida, já Maurice, quer vida para se sentir vivo e vê em Jessie esse combustível. E o clima de paixão nasce naturalmente, sem julgamentos. Não há por que. É tão impossível que esse amor é real, sincero e verdadeiro, quase simbiótico, com rusgas, rugas, impotências e vontades inerentes às pessoas que procuram a paixão.
‘Vênus’ é coroada com a atuação irretocável de Peter O’Toole. Maurice é um personagem tão grandioso e memorável quanto seu Lawrence das Arábias. O toque shakespeariano aliado à sua grandiosa presença, mesmo num personagem tão decadente, dá um ar de arte ao filme, com clichês e problemas, porém toca a alma como poucos filmes sobre Lolitas fazem. Este não é só mais um filme. Temos aqui a personificação de Vênus dessa nossa vida real.
Vênus do espelho, 1650 de Diego Velázquez (Espanha 1599-1660) Óleo sobre tela, 122,5 x 177 cm National Gallery, Londres. |
Sessões
Comentários
Postar um comentário