A Primeira Noite de um Homem
Nome Original: The Graduate
Diretor: Mike Nichols
Ano: 1967
País: Estados Unidos
Elenco: Anne Bancroft, Dustin Hoffman, Katharine Ross, William Daniels, Murray Hamilton,Elizabeth Wilson,Brian Avery.
Prêmios: BAFTA de Melhor Diretor, Oscar de Melhor Diretor
Sabe aquele tipo de filme que quando acaba a única palavra que consegue sair da boca é um algo parecido com “Gostei!”? Tá! Você gostou então assiste de novo, de novo e de novo... Daí vem aquela pergunta: “Como eu não percebi isto antes!?” Vê só que transa lôca: Naquela primeira vez você era o virgem que se deixou levar (Benjamin) e o filme é a mulher mais velha e sedutora que quer manter um trato em segredo, um extra-conjugal seguro (Mrs. Robinson). Hey, hey, hey!
“A Primeira Noite de um Homem” consegue ludibriar (sempre no bom sentido) o público justamente por conta de sua bela aparência, de sua história muito bem contada, de seu bom humor confortante, de sua música tão bem sugerida e de sua astúcia incontável. Por que lá pela terceira ou quarta vez de visto, o espectador está menos virgem e mais ativo da situação e os planos menos aparentes do filme (que sempre estiveram lá) começam a ser tateados por um voyer, já um pouco mais entendido. Cai a ficha de que o filme se passa na década de 60 e o troço fica simples como matemática.
Claro: Revolução Sexual + Revolução Comportamental + Final do Sonho Americano + n = 1969;
Sendo n ≈ feminismo + Luther King + Kennedy + Guerra Fria + Guerra do Vietnã + Revolução Cubana + Brasília + Golpe Militar + hippies + Beatles + Stones + The Who + Clube da Esquina + Festivais + Tropicália + vídeo-tape + TV em cores + Globo + Brigite Bardot + Audrey Hepburn + Acossado + A Doce Vida + a Lua + as tais fotografias + o nascimento de meu pai + nascimento de minha mãe +∞.
“A Primeira Noite de um Homem” em todos os seus planos de entendimento torna-se um marco e ilustra, sem perder o foco do entretenimento, um momento de grandes transformações da sociedade mundial, além de ser importante responsável, visto sua repercussão, por uma revolução estética do cinema hollywoodiano. Transformação esta que detém a coragem de escalar o franzino Dustin Hoffman para protagonizar um filme e abandonar a figura do típico galã de até então, de entender a mocinha rica e bonita como perdida e despreparada para enfrentar o mundo e longe de vestir Givenchy, de revelar que a família norte-americana já não era mais a mesma e de que o lugar melhor que o lar poderia ser qualquer lugar.
Num resumão, filme de história excelente, personagens interessantes, humor leve e ácido, sem deixar de ser uma grande crítica e panorama das transformações sociais, comportamentais e sexuais presentes nos revolucionários anos 60.
Num resumão mais sintético ainda: Dá uma olhada no trailler para sentir o clima. Se não viu, veja, reveja!
Leandro Antonio
Sessões
Diretor: Mike Nichols
Ano: 1967
País: Estados Unidos
Elenco: Anne Bancroft, Dustin Hoffman, Katharine Ross, William Daniels, Murray Hamilton,Elizabeth Wilson,Brian Avery.
Prêmios: BAFTA de Melhor Diretor, Oscar de Melhor Diretor
Sabe aquele tipo de filme que quando acaba a única palavra que consegue sair da boca é um algo parecido com “Gostei!”? Tá! Você gostou então assiste de novo, de novo e de novo... Daí vem aquela pergunta: “Como eu não percebi isto antes!?” Vê só que transa lôca: Naquela primeira vez você era o virgem que se deixou levar (Benjamin) e o filme é a mulher mais velha e sedutora que quer manter um trato em segredo, um extra-conjugal seguro (Mrs. Robinson). Hey, hey, hey!
“A Primeira Noite de um Homem” consegue ludibriar (sempre no bom sentido) o público justamente por conta de sua bela aparência, de sua história muito bem contada, de seu bom humor confortante, de sua música tão bem sugerida e de sua astúcia incontável. Por que lá pela terceira ou quarta vez de visto, o espectador está menos virgem e mais ativo da situação e os planos menos aparentes do filme (que sempre estiveram lá) começam a ser tateados por um voyer, já um pouco mais entendido. Cai a ficha de que o filme se passa na década de 60 e o troço fica simples como matemática.
Claro: Revolução Sexual + Revolução Comportamental + Final do Sonho Americano + n = 1969;
Sendo n ≈ feminismo + Luther King + Kennedy + Guerra Fria + Guerra do Vietnã + Revolução Cubana + Brasília + Golpe Militar + hippies + Beatles + Stones + The Who + Clube da Esquina + Festivais + Tropicália + vídeo-tape + TV em cores + Globo + Brigite Bardot + Audrey Hepburn + Acossado + A Doce Vida + a Lua + as tais fotografias + o nascimento de meu pai + nascimento de minha mãe +∞.
“A Primeira Noite de um Homem” em todos os seus planos de entendimento torna-se um marco e ilustra, sem perder o foco do entretenimento, um momento de grandes transformações da sociedade mundial, além de ser importante responsável, visto sua repercussão, por uma revolução estética do cinema hollywoodiano. Transformação esta que detém a coragem de escalar o franzino Dustin Hoffman para protagonizar um filme e abandonar a figura do típico galã de até então, de entender a mocinha rica e bonita como perdida e despreparada para enfrentar o mundo e longe de vestir Givenchy, de revelar que a família norte-americana já não era mais a mesma e de que o lugar melhor que o lar poderia ser qualquer lugar.
Num resumão, filme de história excelente, personagens interessantes, humor leve e ácido, sem deixar de ser uma grande crítica e panorama das transformações sociais, comportamentais e sexuais presentes nos revolucionários anos 60.
Num resumão mais sintético ainda: Dá uma olhada no trailler para sentir o clima. Se não viu, veja, reveja!
Sessões
Mike Nichols me fisgou recentemente com um filme sobre traição, amor, ódio e com Damien Rice e cia na trilha sonora do arrebatador 'Closer: Perto Demais'. 'A Primeira Noite de um Homem' tem uma história envolvente com vários dos mesmos elementos de Closer, com menos densidade, porém com Simon & Garfunkel no comando das músicas que servem de pano de fundo para um novato Dustin Hoffman e da trama que se desenvolve por volta de seu personagem, Benjamin. O cineasta alemão conseguiu de novo.
ResponderExcluirA primeira noite de um homem nunca foi um tabu, como pode ser a das mulheres. Mas o filme trata muito mais do que apenas a primeira transa. Mostra o amadurecimento de um jovem, que sem senso de direção se perde com dúvidas de sua vida profissional. Para piorar (ou melhorar) uma mulher, entra em sua vida. Já estava muito complicado dar rumo à vida, tudo se perde ainda mais. A paixão, amor ou que lá quer que seja, sempre nos leva a uma sensação de flutuar, onde nada terreno consiga nos puxar de volta à vida real. Essa coisa que, vulgarmente chamam de amor é a maior droga do mundo. Uma droga alucinógena que nos deixa em êxtase. Tomara ela dure para todo o sempre. Melhor não criar espectativa. Talvez Deus ouça o som do meu silêncio.
Benjamin conseguiu seu objetivo, deixou a Mrs e ficou com a Miss Robinson. Mas não se esqueça, Mrs Robinson, Jesus loves you more than you will know...
Wo
wo
wo
Vitor Stefano
Sessões
Comédias românticas têm como característica serem filmes mornos, com pouca profundidade, tendo como objetivo principal a promoção de um entretenimento fugaz. A Primeira Noite de Um Homem, por outro lado, mesmo sendo um longa com características típicas de comédia romântica, conseguiu ser um clássico do cinema. É uma produção para entretenimento, porém com algo a mais. Desde 1967, ano do seu lançamento, até um futuro indefinido, será lembrado como um dos principais filmes da história.
ResponderExcluirDustin Hoffman, o protagonista, despontou como estrela do cinema por causa da atuação impagável de Benjamin, um rapaz recém formado que se envolve com uma mulher mais velha. Alíás, é seduzido por essa mulher numa das cenas mais marcantes do cinema. Nervoso e totalmente desconsertado pergunta: Sra Robinson, você está tentando me seduzir? “Mrs Robinson, are you trying to seduce me?”
O ingênuo Benjamin cai nas teias de Mrs Robinson, mas acaba se apaixonando pela filha. As sequencias são muito bem conduzidas e intercalam momentos de tensão, desespero, comédia e romance e prendem o expectador do início ao fim . Hoffman mata a pau. Puta ator! Não é a toa que desde então é um dos grandes de Hollywood.
E o que dizer sobre a suprema trilha sonora de Simon e Garfunkel? Nada. Tudo já foi dito. Elogios serão redundantes e criticas serão improváveis. Você, amigo, que ainda não viu esta obra prima não pode viver no planeta terra sem vê-la. Vai correndo agora alugar a fita. Você não irá se arrepender.
Carlos Nascimento
Sessões