Chico Xavier - O filme
Nome Original: Chico Xavier – O filme
Diretor: Daniel Filho
Ano: 2010
País: Brasil
Elenco: Ângelo Antônio, Nelson Xavier, Matheus Costa, Letícia Sabatella, Giovana Antonelli, Cristiane Torloni, Toni Ramos, Rosi Campos, Giulia Gam e outros
Prêmio: Sem prêmios até o momento
Noite tumultuada de estreia. Ao que me pareceu, os senhores administradores do cinema do Shopping D não previam que esta sessão estaria lotada. Mas, era uma sexta-feira santa, de paixão, de feriado e o cinema foi o lazer escolhido por muitos mineiros, paulistas, espíritas, católicos, ateus... brasileiros para assistirem a um dos filmes nacionais mais esperados do ano. Não havia um lugar vazio naquela sala 2. Um filme com os desafios de transferir para a tela grande um livro que deve ter sido largamente lido e relido por pessoas de um mundo inteiro, de retratar a vida de um grande líder do Brasil com a delicadeza, simplicidade e sabedoria que seu protagonista inspira.
É necessário render honras às grandes atuações (protagonistas e coadjuvantes), bem executada trilha sonora (Egberto Gismonti, claro!), direção, qualidade dos diálogos, roteiro, locações e muitas tomadas beirando o irretocável. Sobretudo, vale dizer que o trabalho é primoroso por estar erguido sobre bases muito sólidas: abordagem singela e escolha do personagem. O retrato de um homem simples, que dentro de seus esclarecimentos, buscou as virtudes da fé, caridade e esperança e que justamente por estes esclarecimentos e virtudes foi “instruído” a desenvolver as habilidades da temperança, prudência, fortaleza e justiça. Chico é visto no filme como modelo de conduta e personificação de benigdade sem forçação de barra. Um trabalho que inspira reflexão e admiração.
“Sometimes I fell like a motherless child…” é um trecho de uma canção que nós cantamos lá no Coral do Centro Cultural São Paulo, que me veio à lembrança nesta noite de sexta-feira. Órfão duas vezes, Chico desde menino encontra refúgio na mediunidade, ela é o dom que o aproxima da mãe desencarnada, do caminho das virtudes e da amenização do sofrimento. E a mesma mediunidade começa a distanciá-lo do mundo, do materialismo e de conceber a neutralidade de muitas coisas. Quantas vezes a gente se sente como uma criança sem mãe e buscamos uma fotografia, uma oração e também obtemos de forma particular e miraculosa o entendimento para aquela situação e a sensação de anestesia tão suplicada? Neste sentido, somos médiuns, sem qualquer consciência sobre isto, toda vez que nos sentimos como uma criança sem mãe? Espero eu que sim. Espero eu que esta grandeza seja latente em todos os homens e mulheres e que exista esta descoberta para cada um que olhar para dentro de si e para dentro do semelhante. Espero isto, porque entendo que assim seríamos melhores como criaturas.
Como já dito, “Chico Xavier – O filme” inspira reflexão para a vida de mineiros, paulistas, espíritas, católicos, ateus, brasileiros... humanos e admiração pela história de uma persona. Todos os envolvidos no filme foram detentores dos aplausos daquela platéia, que antes ansiosa e tumultuada, agora se encontrava satisfeita e silenciosa, levando para casa pelo menos uma certeza: A de ter aproveitado o feriado!
Leandro Antonio
Sessões
Diretor: Daniel Filho
Ano: 2010
País: Brasil
Elenco: Ângelo Antônio, Nelson Xavier, Matheus Costa, Letícia Sabatella, Giovana Antonelli, Cristiane Torloni, Toni Ramos, Rosi Campos, Giulia Gam e outros
Prêmio: Sem prêmios até o momento
Noite tumultuada de estreia. Ao que me pareceu, os senhores administradores do cinema do Shopping D não previam que esta sessão estaria lotada. Mas, era uma sexta-feira santa, de paixão, de feriado e o cinema foi o lazer escolhido por muitos mineiros, paulistas, espíritas, católicos, ateus... brasileiros para assistirem a um dos filmes nacionais mais esperados do ano. Não havia um lugar vazio naquela sala 2. Um filme com os desafios de transferir para a tela grande um livro que deve ter sido largamente lido e relido por pessoas de um mundo inteiro, de retratar a vida de um grande líder do Brasil com a delicadeza, simplicidade e sabedoria que seu protagonista inspira.
É necessário render honras às grandes atuações (protagonistas e coadjuvantes), bem executada trilha sonora (Egberto Gismonti, claro!), direção, qualidade dos diálogos, roteiro, locações e muitas tomadas beirando o irretocável. Sobretudo, vale dizer que o trabalho é primoroso por estar erguido sobre bases muito sólidas: abordagem singela e escolha do personagem. O retrato de um homem simples, que dentro de seus esclarecimentos, buscou as virtudes da fé, caridade e esperança e que justamente por estes esclarecimentos e virtudes foi “instruído” a desenvolver as habilidades da temperança, prudência, fortaleza e justiça. Chico é visto no filme como modelo de conduta e personificação de benigdade sem forçação de barra. Um trabalho que inspira reflexão e admiração.
“Sometimes I fell like a motherless child…” é um trecho de uma canção que nós cantamos lá no Coral do Centro Cultural São Paulo, que me veio à lembrança nesta noite de sexta-feira. Órfão duas vezes, Chico desde menino encontra refúgio na mediunidade, ela é o dom que o aproxima da mãe desencarnada, do caminho das virtudes e da amenização do sofrimento. E a mesma mediunidade começa a distanciá-lo do mundo, do materialismo e de conceber a neutralidade de muitas coisas. Quantas vezes a gente se sente como uma criança sem mãe e buscamos uma fotografia, uma oração e também obtemos de forma particular e miraculosa o entendimento para aquela situação e a sensação de anestesia tão suplicada? Neste sentido, somos médiuns, sem qualquer consciência sobre isto, toda vez que nos sentimos como uma criança sem mãe? Espero eu que sim. Espero eu que esta grandeza seja latente em todos os homens e mulheres e que exista esta descoberta para cada um que olhar para dentro de si e para dentro do semelhante. Espero isto, porque entendo que assim seríamos melhores como criaturas.
Como já dito, “Chico Xavier – O filme” inspira reflexão para a vida de mineiros, paulistas, espíritas, católicos, ateus, brasileiros... humanos e admiração pela história de uma persona. Todos os envolvidos no filme foram detentores dos aplausos daquela platéia, que antes ansiosa e tumultuada, agora se encontrava satisfeita e silenciosa, levando para casa pelo menos uma certeza: A de ter aproveitado o feriado!
Leandro Antonio
Sessões
Gostei do texto!
ResponderExcluirNa sexta-feira fui ao cinema no Shopping Frei Caneca, assistir Tulpan, e a fila pro Chico Xavier era também simplesmente imensa nas duas sessões que eu presenciei. Acho que merece, mesmo.
Em breve serei eu na fila :)
Eu vi na estréia aqui em BHz.Como cinéfilo e mais como espírita aguardei mto este filme.Não me decepcionei.Como cinéfilo vi um filme agradável, simples, sensível e com roteiro bem palatável.Como espírita me emocionei com histórias que ouço há anos de pessoas que conviveram com este homem que já foi chamado simplesmente de "Amor".Bela obra.E belo texto!
ResponderExcluirObrigado Ibirá e obrigado Gilciano pelos comentários.
ResponderExcluirFilas enormes sim! Li no blog do filme que já é um recorde do cinema nacional para uma estreia. Algo surpreendente, pois brasileiros estão indo ao cinema para ver a história de um brasileiro e vem um retrato sensível, simples, de humor leve e refinado e os cenários da bela Minas Gerais. Quero mais filmes de grande público assim para o nosso cinema.
Aquele abraço
Nossa, adoreeei o texto. Parabéns Leandro!
ResponderExcluirNão vejo a hora de assistir esse filme, ainda mais com o ator q interpreta o Chico, sensacional!
Oi, Andreia!
ResponderExcluirObrigado!
Um bom motivo para ver este filme é justamente a interpretação. Você vê claramente, que o Brasil tem grandiosíssimos atores que por muitas vezes necessitam apenas de um trabalho interessante para revelar o seu talento. Todas as atuações são dignas de reverência.
Fiquei particularmente surpreso com a atuação de Cristiane Torloni. Preste atenção nela quando for ver o filme e descubra a atriz que é esta mulher.
Um abraço
Estou ancioso pra ver Chico Xavier.
ResponderExcluirDe qualquer maneira, leva ao grande público a história de uma figura tão mítica.
É interessante, importante saber o motivo dos expoentes nacionais.
=D
O filme é uma obra primorosa do diretor e dos atores que mergulham na aura de um dos principais avatares da humanidade, o nosso Chico. Atuações como a de Cristiane Torloni sintetizam o amor desesperado pela perda do ser amado...
ResponderExcluirE a vida de Chico foi a prova viva do Evangelho ditado por Allan Kardec.
Sua vida ensina todos os valores carentes na humanidade atual tão imediatista.
Também gostei da atuação simples do Nelson que nem tentou imitar, nem caracterizar o grande personagem.
Os créditos no final mostrando videos de Chico Xavier com toda a espirituosidade e humor.. bom só assistindo .. várias vezes.
Bom filme a todos!
Carlos, Obrigado pelo comentário! Interessante falar que não há imitação em nenhum momento. É sem dúvida, um trabalho de composição dos personagens por parte dos atores muito bem executado.
ResponderExcluirFui hoje ver o filme. E... caramba! Lindo!
ResponderExcluirPois é Ibirá, filme lindo!
ResponderExcluirLi no blog oficial do filme que mais de 1 milhão de pessoas já foram aos cinemas para ver este filme. Ô coisa boa!
Leandro, lamento, mas achei esse filme uma bomba! Com a estética de uma novelinha espírita da Globo, perdeu toda a credibilidade para mim quando em certa altura se diz que Humberto Martins elogiou o Parnaso Pós-Túmulo. Martins fez uma crítica bem materialista, debochando do fato dos autores do passado voltarem para fazer concorrência com os do presente.
ResponderExcluirE Chico quis convertê-lo postumamente, daí a polêmica com a família, que pediu direitos autorais. E o filme distorceu isso.
No mais, seu blog tá ótimo. Eduardo Escorel é excelente crítico e Glauber merece a homenagem.
Não sei também dizer se como você lamento algumas coisas que ouvi sobre bastidores e etc. Mas no plano da história, do entretenimento e da simplicidade acho Chico Xavier um grande filme sim. Há algum tempo não acompanho novelas, mas se a estética for parecida com a do Chico, não é todo este monstro que propagam.
ResponderExcluirObrigado pelo comentário, críticas e elogios.
Um abraço,
Leandro Antonio
Sessões