Onde Vivem os Monstros
Nome Original: Where The Wild Things Are
Diretor: Spike Jonze
Ano: 2009
País: EUA
Elenco: Max Records e Catherine Keener . Vozes de James Gandolfi, Paul Dano, Forest Whitaker e Catherine O'Hara
Sem Prêmios
Spike Jonze é um dos diretores mais psicodélicos de sua geração. Só por seus primeiros feitos como diretor 'Quero Ser John Malkovich' e 'Adaptação' já temos certa noção do que o rapaz é capaz de fazer. 'Onde vivem os Monstros' certamente é seu filme mais "normal", mas o normal de Jonze é totalmente maluco pros normais. Classificado erroneamente como um filme infantil, os monstros não são para encantar ou para divertir. O diretor age como Deus e cria os monstros mais humanos já existentes.
O pequeno e criativo Max vive uma idade difícil, rebelde, onde é rejeitado pela irmã e tem ciumes da mãe. Só extravasando para acalmar, porém em uma das birras foge de casa e chega a uma ilha, após uma travessia angustiante e linda de se ver. Lá avista seres estranhos, grandes e desengonçados. Monstros a primeira vista. Mas Max também está parecendo tal, vestindo uma fantasia de lobo. Infinitamente menor do que os outros, tornar-se-ia presa fácil, não fosse o petit-comité com os moradores da região. Como um político de muitos anos de carreira e muitas contas nas Ilhas Caiman, oferece mundos e fundos e torna-se Rei. Um rei de habitantes com as as mais diversas características. Há os depressivos, os egocêntricos, os quietos, os falantes, como uma sociedade normal. E nada melhor do que um lider para comandar pessoas tão diferentes.
Aí começa o filme e as coincidências com Dogville, de Lars von Trier. Assim como Grace, Max chega e consegue unir o grupo e trabalharem juntos para o bem maior, onde a felicidade geral é o que mais importa. Ele consegue criar empatia do grupo, que passa a confiar nele cada vez mais. Tudo fica organizado. A construção de um forte é sua maior conquista no poder, do político Max. Ele com o tempo vai criando empatia por todos, conhecendo o território que lhe pertence, em cenas belíssimas dentro da floresta ou pelo deserto.
Porém, tal qual o filme do dinamarques, nem tudo são flores. Certas atitudes de Max aborrecem Carol, o mais egocêntrico dos residentes, aí, começa o caos. Não, Max não coloca fogo na floresta para exterminar os moradores, porém, assim como Grace, ele perde o controle do grupo, que o ameaça e abandonam. Não haverá vingança, só arrependimento. Certo de que criou afeto e amor por tudo aquilo sabe o momento de abdicar do trono e do cetro. Max vai embora e deixa saudades para os afetuosos seres. Parecem seres humanos travestidos de monstros. Talvez nós sejamos os verdadeiros monstros e mereçamos ser queimados, como em Dogville. Emocionante a despedida, digno de humanos, ou melhor, indigno. E se você vai ver 'Onde Vivem Os Monstros', não leve seu filho, leve sua alma pois você descobrirá que nós somos os monstros, e vivem aqui no planeta Terra.
Spike Jonze consegue aliar o imaginário com a vida real, mas ao seu modo. Com uma bagagem enorme na direção de videoclipes e de músicos alternativos, como: Beatie Boys, Sonic Youth, Weezer, Fatboy Slim, não se pode esperar normalidade de um ser que dirige a espetacular Björk ('Dançando no Escuro' do já citado Lars von Trier). Veja o clipe da ótima cantora islandesa dirigido pelo cineasta.
Jonze supera as espectativas a cada novo trabalho. Agora é esperar a próxima investida do geninho psicodélico.
Vitor Stefano
Sessões
Diretor: Spike Jonze
Ano: 2009
País: EUA
Elenco: Max Records e Catherine Keener . Vozes de James Gandolfi, Paul Dano, Forest Whitaker e Catherine O'Hara
Sem Prêmios
Spike Jonze é um dos diretores mais psicodélicos de sua geração. Só por seus primeiros feitos como diretor 'Quero Ser John Malkovich' e 'Adaptação' já temos certa noção do que o rapaz é capaz de fazer. 'Onde vivem os Monstros' certamente é seu filme mais "normal", mas o normal de Jonze é totalmente maluco pros normais. Classificado erroneamente como um filme infantil, os monstros não são para encantar ou para divertir. O diretor age como Deus e cria os monstros mais humanos já existentes.
O pequeno e criativo Max vive uma idade difícil, rebelde, onde é rejeitado pela irmã e tem ciumes da mãe. Só extravasando para acalmar, porém em uma das birras foge de casa e chega a uma ilha, após uma travessia angustiante e linda de se ver. Lá avista seres estranhos, grandes e desengonçados. Monstros a primeira vista. Mas Max também está parecendo tal, vestindo uma fantasia de lobo. Infinitamente menor do que os outros, tornar-se-ia presa fácil, não fosse o petit-comité com os moradores da região. Como um político de muitos anos de carreira e muitas contas nas Ilhas Caiman, oferece mundos e fundos e torna-se Rei. Um rei de habitantes com as as mais diversas características. Há os depressivos, os egocêntricos, os quietos, os falantes, como uma sociedade normal. E nada melhor do que um lider para comandar pessoas tão diferentes.
Aí começa o filme e as coincidências com Dogville, de Lars von Trier. Assim como Grace, Max chega e consegue unir o grupo e trabalharem juntos para o bem maior, onde a felicidade geral é o que mais importa. Ele consegue criar empatia do grupo, que passa a confiar nele cada vez mais. Tudo fica organizado. A construção de um forte é sua maior conquista no poder, do político Max. Ele com o tempo vai criando empatia por todos, conhecendo o território que lhe pertence, em cenas belíssimas dentro da floresta ou pelo deserto.
Porém, tal qual o filme do dinamarques, nem tudo são flores. Certas atitudes de Max aborrecem Carol, o mais egocêntrico dos residentes, aí, começa o caos. Não, Max não coloca fogo na floresta para exterminar os moradores, porém, assim como Grace, ele perde o controle do grupo, que o ameaça e abandonam. Não haverá vingança, só arrependimento. Certo de que criou afeto e amor por tudo aquilo sabe o momento de abdicar do trono e do cetro. Max vai embora e deixa saudades para os afetuosos seres. Parecem seres humanos travestidos de monstros. Talvez nós sejamos os verdadeiros monstros e mereçamos ser queimados, como em Dogville. Emocionante a despedida, digno de humanos, ou melhor, indigno. E se você vai ver 'Onde Vivem Os Monstros', não leve seu filho, leve sua alma pois você descobrirá que nós somos os monstros, e vivem aqui no planeta Terra.
Spike Jonze consegue aliar o imaginário com a vida real, mas ao seu modo. Com uma bagagem enorme na direção de videoclipes e de músicos alternativos, como: Beatie Boys, Sonic Youth, Weezer, Fatboy Slim, não se pode esperar normalidade de um ser que dirige a espetacular Björk ('Dançando no Escuro' do já citado Lars von Trier). Veja o clipe da ótima cantora islandesa dirigido pelo cineasta.
Jonze supera as espectativas a cada novo trabalho. Agora é esperar a próxima investida do geninho psicodélico.
Vitor Stefano
Sessões
queria uma roupinha com bigodes igual a do max. :~
ResponderExcluirLi esse texto assim que vc postou, mas eu, Janiel, nem comentei, mas agora volto aqui ele falo: Puta que pariu... que texto maravilhoso!
ResponderExcluirFilme de criança, para crianças, que os adultos devem ver, de preferência com suas crianças. O garoto Max rouba todas as cenas. Os monstros talvez sejam as personalidades que existem em nós. Supera o livro .
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