Os Incríveis 2


Nome Original: Incredibles 2
Diretor: Brad Bird
Ano: 2018
País: EUA
Elenco: Craig Nelson, Holly Hunter, Sarah Vowell, Huck Milner, Catherine Keener, Bob Odenkirk e Samuel L. Jackson
Sem Prêmio

Sensações.

A vida é uma sequência sensações que nos movem, nos fazem ir em frente. A cada nova experiência nossa alma se alimenta ou desidrata e isso nos faz caminhar na direção que tiver que ser. Somos seres onde a essência está pavimentada mas a casca muda, as ações mudam, o ritmo muda, o foco muda, a vida muda. E essas sensações são os principais motivos pelos quais mudamos.

Ver meu filho saindo do cinema em extase é uma sensação que nunca apagará. Talvez daqui uns meses ele nem se lembre de onde estivemos ou que vimos "Os Incríveis 2" no cinema ou em casa, mas eu nunca esquecerei. Filmes são seu passatempo predileto e isso é um sonho pra quem ama tanto cinema quanto eu. E eu amo tanto mais ele por isso. Eu o amaria mesmo se ele odiasse e não ficasse 30 segundos diante de um filme, mas ele fica 3 filmes consecutivos se deixar. E não estou falando de Galinha Pintadinha e Luna - que gostou em certo momento, mas de Pixar, Disney, europeus e também Miyazaki, documentários de animais e dinossauros e desenhos que nem eu tentei ver. Ele é meu amor, minha sensação maior, minha maior felicidade, minha maior parte.



Mas e "Os Incríveis 2"? O filme é a continuação do primeiro, logo, excelente. Talvez a trama que envolve o vilão não é boa e previsível. É o único senão do filme.Com 14 anos de vácuo entre os dois filmes, é absurda a diferença técnica. O filme é lindo, tem textura, a animação é viva, é real. Claro, a animação, como técnica, desenvolveu demais na última década, logo natural essa evolução do 2 em relação ao 1. A nova história da família é envolvente, moderna, atual e cativante. Em meio a confusão envolvendo o executivo da Pixar, vem como uma resposta clara ter a Mulher Elástica como protagonista, digamos assim. A mãe da família incrível é escolhida para a missão de tirar os heróis da ilegalidade numa missão política e aventureira. E o Sr. Incrível está lá para cuidar das crianças, como um verdadeiro dono de casa. Essas são as cenas mais hilárias ao vermos o cansaço dele cuidando do stress juvenil da Violeta, da matemática com o Flecha e com a descoberta de todos - sim, são muitos - poderes do Zezé. E o Zezé rouba o filme para si, por sua fofura e a complexidade desses poderes. É genial.

O roteiro tem seu grande auge em saber dosar a aventura e a mensagem. Saber abordar a parentalidade, a troca dos papéis, a mulher como alicerce do trabalho, entre outros temas, é realmente incrível - desculpe o trocadilho infame, mas realmente é.


Ah, o curta que precede o filme nos cinemas, "Bao", é das coisas mais emocionantes que vi nos últimos tempos. Lindíssimo, não percam!

Vitor Stefano
Sessões

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