Mary & Max - Uma Amizade Diferente
Nome Original: Mary and Max
Diretor: Adam Elliot
Ano: 2009
País: Austrália
Elenco: Toni Collette, Philip Seymour Hoffman e Eric Bana
Prêmios: Melhor Filme no Annecy International Animated Film Festival, Melhor Animação no Asia Pacific Screen Awards, Melhor Direção no Australian Directors Guild, Urso de Prata (Menção Honrosa - Generation 14plus) no Festival de Berlin e Grande Prêmio do Ottawa International Animation Festival.
Cada vez mais os traços animados me encantam mais. Cada vez mais o que antes só era visível aos olhos de uma criança, hoje é possível viajar histórias que nem adultos sabem entender. Com “Mary e Max” só consigo escrever cartas aos dois amigos.
Querida Mary Daisy Dinkle,
Sua vida me fez ver com outros olhos o sofrimento de uma criança isolada do mundo. Não por você estar do outro lado do mundo (daqui do Brasil), mas por ser uma pequena pessoa que aprender tudo sozinha e com muita dificuldade. Com 8 anos, não se pode ter conhecimento para tudo. Sua mãe alcoolatra e seu pai trabalhador eram sua única conexão com o conhecimento e a noção de família, que não existia. Sofreu bulling, rejeitada, taxada de feia (nenhuma criança é feia) e infeliz. Você era muito novinha pra sofrer tanto. Seu mundo em cores modorrentas me fez pensar que Max, apesar de seus grandes problemas, é mesmo sua alma gêmea. Sua luz no fim do mundo, com os 18 anos de amizade por cartas. Você sobreviveu. Viveu, aprendeu e nasceu de novo por conta de uma amizade. Fazer amigos é difícil, cultivá-los é um trabalho diário, incessável e recompensador. Se parece mas não é amigo, nem perca seu tempo. Você já sabe como é.
Querido, Max Jerry Horovitz.
Você já nos seus 44 anos se deparou com um anjo chamado Mary. Sua vida, até então em branco e preto, floria com cores. Uma criança para você chamar de filha. Você cuidou dela, mesmo que de bem longe, como de uma filha. A amizade entre vocês passou por muitos entreveros, mas a empatia foi enorme. Taxem-no de maluco, doidão, pirado, louco. Deixem que o façam, você é mais são que a maioria dos seres humanos que vivem nesse planeta. Apesar de sua síndrome, fique calmo. Sua vida solitária é muito mais entretida do que daqueles cheio de sanguessugas a sua volta. Mary é única: amiga, companheira, pessoa. Você conseguiu salvar a vida de uma menina. Você nos Estados Unidos conseguiu encontrar do outro lado do mundo um amigo eterno. Só uma carta para conseguir me comunicar com você. Espero que leia, esteja aonde estiver.
Com melancolia nunca antes vista em desenhos, essa animação em stop-motion emociona e demonstra a verdadeira razão de existir uma amizade. Por vários anos cartas foram sua demonstração de afeto. A vida não tinha razão de ser sem elas, tornava-se cada vez mais sem graça e modorrenta e só ganhava luz quando o carteiro chegava. Trocas de experiências, gostos, chocolates, perdas e tristezas, aliviavam o peso do medo incorporado na vida dos dois. Uma animação sensacional, que em alguns momentos se torna cansativa por conta de sua narrativa única mas que encanta sem pedir licença.
Vitor Stefano
Sessões
Diretor: Adam Elliot
Ano: 2009
País: Austrália
Elenco: Toni Collette, Philip Seymour Hoffman e Eric Bana
Prêmios: Melhor Filme no Annecy International Animated Film Festival, Melhor Animação no Asia Pacific Screen Awards, Melhor Direção no Australian Directors Guild, Urso de Prata (Menção Honrosa - Generation 14plus) no Festival de Berlin e Grande Prêmio do Ottawa International Animation Festival.
Cada vez mais os traços animados me encantam mais. Cada vez mais o que antes só era visível aos olhos de uma criança, hoje é possível viajar histórias que nem adultos sabem entender. Com “Mary e Max” só consigo escrever cartas aos dois amigos.
Querida Mary Daisy Dinkle,
Sua vida me fez ver com outros olhos o sofrimento de uma criança isolada do mundo. Não por você estar do outro lado do mundo (daqui do Brasil), mas por ser uma pequena pessoa que aprender tudo sozinha e com muita dificuldade. Com 8 anos, não se pode ter conhecimento para tudo. Sua mãe alcoolatra e seu pai trabalhador eram sua única conexão com o conhecimento e a noção de família, que não existia. Sofreu bulling, rejeitada, taxada de feia (nenhuma criança é feia) e infeliz. Você era muito novinha pra sofrer tanto. Seu mundo em cores modorrentas me fez pensar que Max, apesar de seus grandes problemas, é mesmo sua alma gêmea. Sua luz no fim do mundo, com os 18 anos de amizade por cartas. Você sobreviveu. Viveu, aprendeu e nasceu de novo por conta de uma amizade. Fazer amigos é difícil, cultivá-los é um trabalho diário, incessável e recompensador. Se parece mas não é amigo, nem perca seu tempo. Você já sabe como é.
Querido, Max Jerry Horovitz.
Você já nos seus 44 anos se deparou com um anjo chamado Mary. Sua vida, até então em branco e preto, floria com cores. Uma criança para você chamar de filha. Você cuidou dela, mesmo que de bem longe, como de uma filha. A amizade entre vocês passou por muitos entreveros, mas a empatia foi enorme. Taxem-no de maluco, doidão, pirado, louco. Deixem que o façam, você é mais são que a maioria dos seres humanos que vivem nesse planeta. Apesar de sua síndrome, fique calmo. Sua vida solitária é muito mais entretida do que daqueles cheio de sanguessugas a sua volta. Mary é única: amiga, companheira, pessoa. Você conseguiu salvar a vida de uma menina. Você nos Estados Unidos conseguiu encontrar do outro lado do mundo um amigo eterno. Só uma carta para conseguir me comunicar com você. Espero que leia, esteja aonde estiver.
Com melancolia nunca antes vista em desenhos, essa animação em stop-motion emociona e demonstra a verdadeira razão de existir uma amizade. Por vários anos cartas foram sua demonstração de afeto. A vida não tinha razão de ser sem elas, tornava-se cada vez mais sem graça e modorrenta e só ganhava luz quando o carteiro chegava. Trocas de experiências, gostos, chocolates, perdas e tristezas, aliviavam o peso do medo incorporado na vida dos dois. Uma animação sensacional, que em alguns momentos se torna cansativa por conta de sua narrativa única mas que encanta sem pedir licença.
Vitor Stefano
Sessões
muito bom gostei
ResponderExcluirEsse filme é lindo. Ate meu pai com 58 anos chorou no final.
ResponderExcluirJá assisti, muito legal esse filme !
ResponderExcluirja vi 10x
ResponderExcluire muuuuuuuuuuuuuuuuito massa
Lindo filme! Eu sempre engulo o choro quando assisto um drama bem pesado, mas esse foi inevitável!
ResponderExcluirUm filme incomum, angustiante e inesquecível.
ResponderExcluirTotalmente contrário ao gênero felizes para sempre.
Choca, entristece e faz refletir.
Deixa uma sensação ruim, um vazio, um desconforto.
Enfim, um filme bem feito, porém depressivo e meio chato.
Como entretenimento para minha família, prefiro algo do nível de Toy Story 3.
Interessante a visão sombria da cidade de Nova Iorque retratada no filme, sempre mostrando a cidade com tons em cinza. O filme é todo lindo.Filme feito para mudar o estereótipo tanto das animações comuns quanto dos melodramas que giram em torno de amizade. Totalmente imprevisível e da mesma forma, triste. No início, achei que seria um tanto infantil, mas minha opinião mudou ao longo do filme, conseguindo transparecer o sentimento de cada personagem, mesmo esses não sendo representados por atores reais. Além da grande história, cada detalhe no cenário, nas cores e nos próprios personagens, mesmo que sutis, são perfeitos e imprescindíveis. Enfim, um filme que, pela beleza, me fez chorar ao final.
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