O Pecado de Hadewijch
Nome Original: Hadewijch
Direção: Bruno Dumont
Ano: 2009
País: França
Elenco: Julie Sokolowski, Karl Sarafidis, Yassine Salime, David Dewaele, Brigitte Mayeux-Clerget, Michelle Ardenne, Sabrina Lechêne.
Prêmios: Critica Internacional (Fipresci) no Festival de Toronto
“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem.”
Hebreus 11.1
Refletir sobre fé é tema delicado, desconfortante.O dogma é um acalanto, um colchão macio onde podemos descansar. Falar a respeito de fé é menos constante no cotidiano que dialogar religião, por exemplo. Buscar a fé põe-nos diante do conforto e do sentido que “o pensamento mágico” representa na vida humana. E, investigar, matutar ou abandonar o pensamento mágico é almejar emancipação do “medo”. Almejar emancipação do medo é a vertigem absoluta, é colocarmo-nos diante de nós mesmos, diante de nossa pequenez.
Uma temática áspera em um filme duro, de silêncios, introspecção e inquietação. O “Pecado de Hadewijch” nos causa a vertigem, pois nos afronta, mete-nos diante da pequenez e cinematiza que o estado mais próximo do Invisível-Perfeito é o desequilíbrio, ou a loucura diagnosticada. Em outros termos, quando a luz mostra um pequenino raio já não se pode ter consciência para decodificar as situações, é um tombo súbito que resulta em amnésia. Já não há mais elos. O pecado é querer amar demais ao Invisível-Perfeito. Amar o divino detendo apenas perspectivas humanas.
O cachorro late ao som do trovão e o menino e a menina que estão dentro de nós perguntam-se apavorados sobre o que está acontecendo. É o terror infantil diante daquilo que não controlamos. É a lida com o medo, a lida com a negação do desejo, com a dor.
Fecho os olhos na intenção de enxergar o invisível, receber a graça de sentir o não sensível, quando me aproximo ou instintivamente chego lá - sou tomado por um torpor, por uma sensação que não é sensação, um almejado transe. O que é isto? Isto é fé? Não, ainda não.
Direção: Bruno Dumont
Ano: 2009
País: França
Elenco: Julie Sokolowski, Karl Sarafidis, Yassine Salime, David Dewaele, Brigitte Mayeux-Clerget, Michelle Ardenne, Sabrina Lechêne.
Prêmios: Critica Internacional (Fipresci) no Festival de Toronto
“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem.”
Hebreus 11.1
Refletir sobre fé é tema delicado, desconfortante.O dogma é um acalanto, um colchão macio onde podemos descansar. Falar a respeito de fé é menos constante no cotidiano que dialogar religião, por exemplo. Buscar a fé põe-nos diante do conforto e do sentido que “o pensamento mágico” representa na vida humana. E, investigar, matutar ou abandonar o pensamento mágico é almejar emancipação do “medo”. Almejar emancipação do medo é a vertigem absoluta, é colocarmo-nos diante de nós mesmos, diante de nossa pequenez.
Uma temática áspera em um filme duro, de silêncios, introspecção e inquietação. O “Pecado de Hadewijch” nos causa a vertigem, pois nos afronta, mete-nos diante da pequenez e cinematiza que o estado mais próximo do Invisível-Perfeito é o desequilíbrio, ou a loucura diagnosticada. Em outros termos, quando a luz mostra um pequenino raio já não se pode ter consciência para decodificar as situações, é um tombo súbito que resulta em amnésia. Já não há mais elos. O pecado é querer amar demais ao Invisível-Perfeito. Amar o divino detendo apenas perspectivas humanas.
O cachorro late ao som do trovão e o menino e a menina que estão dentro de nós perguntam-se apavorados sobre o que está acontecendo. É o terror infantil diante daquilo que não controlamos. É a lida com o medo, a lida com a negação do desejo, com a dor.
Fecho os olhos na intenção de enxergar o invisível, receber a graça de sentir o não sensível, quando me aproximo ou instintivamente chego lá - sou tomado por um torpor, por uma sensação que não é sensação, um almejado transe. O que é isto? Isto é fé? Não, ainda não.
Leandro Antonio
Sessões
Agradecimentos a Valerio Arcary que me explicou o que era pensamento mágico e a Elvis Luis que me acompanhou na sessão.
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