Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola



Nome Original: Como se tornar o pior aluno da escola
Diretor: Fabricio Bittar
Ano: 2017
País: Brasil
Elenco: Danilo Gentili, Carlos Villagrán, Moacyr Franco, Fábio Porchat, Bruno Munhoz e Daniel Pimentel.
Sem Prêmio.


A pergunta mais feita a comediantes versa sobre o limite do humor. E muitos não aguentam mais respondê-la. E é uma pergunta sem resposta certa mesmo. O riso pra mim é diferente do que pra você. Não há unanimidade em nada, nem na comédia. Assim como em tudo na vida - e ainda bem que é assim. Então gostar ou não de algo é sempre algo pessoal, individual. E o que te faz rir?

Um filme chamado “Como se tornar o pior aluno da escola” baseado no livro homônimo de Danilo Gentili só pode gerar um filme como esse saiu. Risos fáceis para juvenis e cheio de problemas para quem tem algo a mais do que dois neurônios na cabeça. Sinto muito se você viu e gostou muito. Você precisa mesmo ver mais comédia, ver coisas novas. Claro, não é algo que não seja possível ver. Há bons momentos, principalmente quando vemos Moacir Franco na tela, no papel de zelador aloprado e pouco se importando com as regras da Escola. Há boas atuações, principalmente dos jovens desconhecidos que são intensos como o papel precisa ser. Sem falar na presença até graciosa de Villagrán, o eterno Kiko, porém há momentos que seu português é inteligível. Nada pior que Danilo Gentili no papel de mentor dessas crianças. Ele não convence como ator. Não mesmo.

Aliás, o roteiro tem tantos problemas que não dá pra começar a descrever. Primeiro que um filme que exalta a malandragem e idolatra quem vence na vida com o “jeitinho brasileiro” me parece pouco producente. Um adulto que pede como recompensa uma masturbação a um menor pode até ser uma realidade, mas não parece tão bom assim. Quando um bon vivant se diverte em cima de duas crianças ensinando-as a segui-lo, afim de transforma-los no pior aluno da escola e repetindo a esmo que a escola não dá futuro a ninguém não consigo ver como algo bom. A maior graça de todos é colocar apelidos pejorativos em todos, nos colegas e professores, usando do bullying como uma arma para se impor. Alguns dirão que é apenas comédia. Ok. Não pra mim. Digam o que for, eu não consegui rir.


Acredito na máxima que fazer rir é mais difícil do que chorar. Aqui está provado isso. Uma premissa ruim gerou um filme ruim. Personagens caricatos e vazios. Ideias vazias. Um filme bobo. Bom, mas esse é o tipo de humor que o roteirista está acostumado e consegue cativar seus fãs. A mim não conseguiu convencer. Talvez se eu tivesse meus 15 anos eu me divertiria bastante. Sorte que crescemos e melhoramos nosso padrão, limite e senso...

Vitor Stefano
Sessões

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