Carol


Nome Original: Carol
Ano: 2015
Diretor: Todd Haynes
País: EUA / Reino Unido
Elenco: Cate Blanchett, Rooney Mara, Kyle Chandler, Jake Lacy e Sarah Paulson.
Prêmios: Melhor Atriz (Rooney Mara) e Queer Palm no Festival de Cannes.
Carol (2015) on IMDb


As histórias de amor nunca são iguais, apesar de sempre terem elementos parecidos. O coração acelera, os olhos brilham, as mãos tremem e há uma sensação de levitar enquanto o pensamento não sai da outra pessoa. Mas há quando nem sabemos que ainda é amor. O amor é algo tão grandioso que por vezes aprisionamos em nosso pensamento, tentando criar uma névoa querendo não enxergar. O medo de se decepcionar, às vezes, é maior do que a liberdade do sentimento, mas quando é verdadeiro o medo dissipa o fog e abre um belo horizonte. E não importa idade, sexo ou religião, quando as almas se completam não há barreiras. Apenas a falta de liberdade é capaz de capar um amor.

Therese é uma jovem que está perdida. Ela não sabe qual profissão seguir, não sabe se quer se casar, não sabe se quer continuar trabalhando na loja. É um momento de descoberta, de desabrochar, de aprender a falar nãos - quase uma adolescente. Carol é mãe e vive um momento conturbado de uma iminente separação do marido. Apenas observando, já sabemos que é altiva, determinada e bem decidida. Madura, mas frágil. O Natal se aproxima e na busca por um presente para a pequena filha os olhos se comem, um silêncio surge e as almas se ligam. Uma amizade. Um amor. Uma descoberta. E mais duvidas. Até onde ir? E quais as consequências? Escolhas que trilham o rumo de uma vida toda.



Todd Haynes tem o controle de todo filme, com grandes imagens, fotografia e direção de arte belíssimos, mas há um pilar: as atrizes. É chover no molhado falar de Cate Blanchett, que está ótima no papel que leva o nome do filme - linda, cheia de olhares, elegante e sem exageros que seriam possíveis. Quem rouba a cena é Rooney Mara. A jovem chama muita atenção no mundo cinematográfico por sua versatilidade e aqui está num papel difícil, que sutilmente cresce e domina a tela. Como toda história de amor, o filme acaba por quase cair no melodrama, que apenas não acontece pela força das atuações das mulheres. O filme é lindo, porém com uma história que perde sua força pela obviedade do que veremos a seguir. Um tema ainda tabu (cada vez menos na tela dos cinemas) que retrata uma época onde ser homossexual não era nada comum. “Carol” é lindo, mas esquecível.


Vitor Stefano
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