E se Vivêssemos Todos Juntos?
Nome Original: Et si on vivait tous ensemble
Ano: 2011
Diretor: Stéphane Robelin
País: França e Alemanha.
Elenco: Guy Bedos, Daniel Brühl,Geraldine Chaplin, Jane Fonda, Claude Rich e Pierre Richard.
Sem Prêmios.
A idade é um problema e uma benção. Envelhecer com
consciência, lúcido e capaz é cada vez mais difícil. Há certo momento da vida
em que a dependência de outra pessoa é quase que obrigatória. Dizem que quando
vamos envelhecendo vamos encolhendo e a tendência é voltarmos a ser bebês. É
uma verdade inconveniente e que certamente dói para quem está nessa situação.
Mas porque depender dos filhos ou ser confinado em uma casa de repouso. E se os
amigos de décadas morarem juntos, cuidando um do outro? Seria possível? Parece
utópico, mas quem não gosta de sonhar um sonho quase impossível?
Os amigos de 40 anos Annie, Jean, Claude, Albert e Jeanne
sempre estão juntos em jantares, tomando um vinho, contando os causos da vida,
relembrando as boas memórias do passado, as dificuldades do presente e cada um
com suas manias (e como acumulamos manias ao longo da vida). Quando Claude
sofre um acidente e precisa ficar por um tempo numa casa de repouso, todos se
unem e decidem morar todos juntos. A ajuda mutua entre os velhinhos simpáticos,
auxiliados pelo jovem etnólogo Dirk, é positiva, apesar de alguns ranzinzas,
relembram dos casos amorosos, transas que ainda acontecem, mas a periodicidade
não é a mesma. Há também sombras do passado que ainda estão escondidas e virão
à tona. Há verdades que doem quanto mais tempo passam escondidas num baú.
Se em “Amor”, Haneke nos coloca num mundo “real” e duro sobre
a chegada da idade avançada em “E se Vivêssemos Todos Juntos?” nos põe num
mundo de faz de contas de um parque de diversões. A velhice não é brincadeira.
A morte é implacável. Temos um bom passatempo com um toque de drama causado
naturalmente pela idade. Ótimas atuações de um ótimo elenco, com atores que não
via há tempos como Jane Fonda. Se não temos grande profundidade no filme, a
temática é bem posicionada e levada com leveza ao público que tem no seu final
a melhor parte, com uma sequencia poética, linda e tocante.
Ah, há sexo na terceira idade!
Vitor Stefano
Sessões
Comentários
Postar um comentário