Gosto de Cereja



Nome Original: Ta'm e guilass
Diretor: Abbas Kiarostami
Ano: 1997
País: Irã e França
Elenco: Homayoun Ershadi, Abdolrahman Bagheri, Afshin Khorshid Bakhtiari, Safar Ali Moradi e Mir Hossein Noori.
Prêmios: Palma de Ouro no Festival de Cannes.
Gosto de Cereja (1997) on IMDb


Não há certezas
Não há ideias
Não há verdades
Só dúvidas.

Não há vida
Água
Comida
Há morte.

Busca a liberdade
Libertar da vida
Viver para morrer
Apenas num segundo

Um suspiro
Um ombro amigo
Uma esperança
Uma fuga para Badii

Não há mais quais
Ondes
ou comos
Só há porquês.
Mas, porque?


Não sei se “Gosto de Cereja” é uma obra-prima cinematográfica, mas é uma obra-contrutora. Ver a busca de Badii tão de perto, é uma eterna e angustiante dúvida sobre os reais motivos pelo qual buscará pelo suicídio. A história do cinema está lotado de filmes com esse tema, mas poucos nos envolvem tanto. Talvez a câmera sempre perto, por vezes dentro outras vezes fora do carro do suicida, nos faça querer dizer algo. Kiarostami faz da aridez de Teerã um agravante ao incomodo causado pela situação. Eu ajudaria Badii. Seja com uma palavra de consolo, de resistência ou apenas jogando as 2 pedras e depois as 20 pás de terra sobre seu corpo já convalescido. O final é um verdadeiro choque. Vemos os atores, o diretor e as câmeras que nos fazem repensar que tudo era um filme e nos força a distanciar do que vimos pelos 90 minutos anteriores. Esse distanciamento é capaz de fazer com que saibamos que apesar da história, há vida por traz das câmeras.

Vitor Stefano
Sessões

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