Amor e Inocência



Nome Original: Becoming Jane
Diretor: Julian Jarrold
Ano: 2007
País: Reino Unido e Irlanda
Elenco: Anne Hathaway e James McAvoy
Prêmio: Melhor Filme Independente no People's Choice Award.
Amor e Inocência (2007) on IMDb


A união entre literatura e cinema sempre foi um casamento respeitoso. Para o escritor, ver na tela grande sua dedicação transformada em realidade pode ser o auge ou a decepção. Mas contar a história do escritor não é uma tarefa fácil, muito menos comum. Apenas os grandes escritores e que viveram de forma “ousada” é que são lembrados. Lembro-me de “Capote”. Em “Amor e Inocência” vemos parte da história da maior escritora inglesa de todos os tempos: Jane Austen. Conhecida pelos romances (que foram sucesso quando filmados) “Orgulho e Preconceito” e “Razão e Sensibilidade”, Jane é considerada um pilar na quebra de paradigmas literários e do feminismo e é retratada em “Amor e Inocência” com ares dos romances escritos por ela mesma.

Romances de época sempre são um atrativo às mulheres pelo figurino, histórias, sonhos, abnegação e o amor. Mas História é um prato cheio para todos os gêneros e idades. Vemos uma mulher inserida na sociedade rural de Hampshire à procura de seu lugar dentro da mesma. Sempre em busca de seus ideais de escritora, contesta as convenções impostas pelas aparências societárias, uma mulher diferente, a frente de seu tempo. Mulheres eram apenas preparadas para ser esposas de seus esforçados maridos, mas Austen não. Apesar de sempre escrever sobre amor, o seu com Tom Lefroy não teve o costumeiro final.


“Amor e Inocência” é um primor quando o assunto é figurino e locações. Somos transportados para uma Inglaterra que lemos em livros, com as sombras de fogs densos em campos verdes intermináveis, com carroças elegantes, chapéus formosos, roupas reais, verdadeiras pinturas em tela de que os olhos podem construir. Anne Hathaway é Jane com um sotaque que nem sempre nos leva ao britânico, mas sua caracterização é excelente e está linda como usualmente. Já James McAvoy está incrível como Tom Lefroy. Um filme água com açúcar. Mas uma água importada e um açúcar mascavo, pela beleza, pela leveza e por toda a história de uma grande mulher que vemos vivendo o que sempre escreveu.

Vitor Stefano
Sessões

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas