Bohemian Rhapsody



Nome Original: Bohemian Rhapsody
Ano: 2018
Diretor:  Bryan Singer
País: Reino Unido e EUA
Elenco: Rami Malek,  Lucy Boynton, Gwilym Lee, Ben Hardy e Mike Myers
Prêmios: Globo de ouro de Melhor Filme - Drama, Melhor Ator (Malek), Baflta de Melhor Ator (Malek) e Melhor Som.


A história de uma das maiores bandas de todos os tempos e de seu fabuloso vocalista merecia ser eternizado nas telas do cinema. Disso não há dúvidas. Se fosse pra retratar apenas a historia das músicas, o filme teria cumprido seu papel, mas por trás de cifras, letras e arranjo há pessoas. E são 4 músicos incríveis que compunham o Queen. E o filme “Bohemian Rhapsody” pecou em deixar a parte pessoal, o drama, a complexidade de uma figura tão exótica e impositiva como Freddie Mercury de forma pasteurizada. Acredito que por escolha de um publico mais amplo, não vemos nenhuma cena de sexo, nenhuma cena de crise existencial, nenhuma cena de porre alcoólico ou droga nem mesmo alguma cena de pesar e depressão quanto à AIDS ou qualquer outro momento de duvida cabal. As respostas são curtas e preguiçosas no que tange a vida pessoal de Freddie e dos demais membros da banda.

A parte musical é absolutamente tocante, mas isso é mérito do legado que a banda construiu. O filme de Bryan Singer tem seu trunfo nesse aspecto. O cinema virou estádio e todos cantam de mãos pra cima. Queen emociona com suas letras tocantes ou faz dançar com suas criações inventivas. A parte visual é ótima, com excelente recriação dos shows, das locações e do trabalho de direção de arte. E a caracterização dos atores faz tudo ser ainda mais interessante. Toda a banda está muito bem caracterizada que nos remete automaticamente aos integrantes reais. Óbvio que Rami Malek torna-se a figura central do filme. Apesar dos olhos esbugalhados que destoam do Freddie, os trejeitos, o andar, o piscar dos olhos, o tique dos dentes - que nervoso daqueles dentes - faz uma bela homenagem a um grande performer.


“Bohemian Rhapsody” é um bom filme sobre música, sobre os sucessos, sobre a trajetória de uma das bandas mais fabulosas da história. Pena que desperdiçou a chance de aprofundar na complexidade de uma figura ímpar e do relacionamento entre os integrantes. Um filme que podia ser inesquecível porém inesquecível mesmo são as musicas do Queen.

Vitor Stefano
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