Sessões Debate: Projeta Brasil Cinemark



Apesar do filme ruim em minha opinião (Alô Alô Terezinha), tudo ficou ainda pior.

Fui ver o filme por ter ganho os ingressos porém chegando ao cinema deparei-me com o abarrotamento da bilheteria e da sala. Era o dia do 10º Projeta Brasil Cinemark - filmes nacionais a R$ 2. Cinema cheio de gente mal educada que não parou de falar durante todo o filme, fazer comentários inoportunos, se alcoolizando dentro do cinema, em sua maioria jovens, querendo mostrar qual seria a maior melância no pescoço de qual aborrecente. Talvez quanto mais velho, mais chato eu estou, mas educação é algo que vem de casa.

Que saudade do lanterninha.

Acho a idéia do projeto maravilhosa. Valorizar o cinema nacional, tão preterido ao hollywoodiano ter um dia só para si e com preços acessiveis ao público maior. Mas não adianta nada abrir o cinema para pessoas do nível que estavam na sessão das 21:00 do Cinemark do Shopping Santa Cruz na cidade de São Paulo. Nosso cinema só tem a perder com audiência assim, desqualificada e sem interesse na cultura.

Seria melhor não existir mais esse projeto ou haver uma reestruturação (como quem apresentar um cupom de um filme nacional ganha outro, ou algo do tipo). Porém como deve ser lucrativo para um ou para outro, não deve acontecer. Pelo menos no ano que vem no 11º Projeta Brasil, eles não contarão com meus dois reais. Depois reclamam que o cinema é caro e para poucos. Que continue assim...

Vitor Stefano
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Comentários

  1. Bom dia, senhores!

    Não fui ver This is It, justamente por conta de comentários de um amigo que disse que o público fica cantando durante o filme e que faz comentários desnecessários do tipo "Nossa, essa música me lembra o namorado do meu pai que morreu depois de ser espancados por skin-heads". Vai tomar no cu!

    Mas a empolgação e a histeria de muitas pessoas vem do fato de o cinema ser uma grande quebra de rotina, afinal lazer e cultura são "produtos" elitizados e de luxo.

    Cinema nacional a R$ 2,00 acho fantástico. E o Projeta Brasil Cinemark deve continuar. Quanto mais acesso se tiver a cultura, mais habituado o público estará e cada vez será menor e euforia por este acontecimento.

    Além mais, grupos de jovens não são parâmetros para comparação nenhuma! As vezes pergunto-me porque há esta busca da eterna juventude. Gosto mais de estar envelhecendo e parecer cada vez mais velho. Envelhecer (embora eu esteja envelhecendo há apenas um ano, segundo a biologia) é chegar ao meio termo, à segurança de caráter e à serenidade.

    Um aperto nos manos.

    Leandro Antonio

    Sessões

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  2. eu achei o filme sensacional.
    fui na cabine muito antes de todo mundo usar o biafra com o seu "voar, voar, subir, subir" para promovê-lo.
    o bacana é que mostra aos pais de hoje a realidade das chacretes de ontem; aos jovens de hoje o que é humor de verdade na televisão; aos publicitários o que é fazer marketing sem apelar tanto.
    abelardo barbosa é gênio e merecia viver para ver.

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  3. Sobre o filme Alô Alô Terezinha - Alô, Alô Chacrinha foi um dos piores documentários que já vi. Você vai para o cinema com o intuito de ver um documentário sobre o Chacrinha e você sai de lá não sabendo absolutamente nada sobre ele, vê cenas desnecessárias, pataquadas, além de ver as caquéticas Chacretes em pleno declínio rumo à morte.

    Pareceu um projeto com uma boa idéia, sem final e sem cuidado algum. Trabalho mal feito e incompleto.

    Perto de outros documentários biográficos recentes do nosso cinema como Simonal e Loki, não se compara com sua riqueza de detalhes e com a abrangencia dos assuntos diversos que rodearam as vidas do cantor Wilson Simonal e do integrante dos Mutantes Arnaldo Baptista, respectivamente.

    Vitor Stefano
    Sessões

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  4. O projeto é bom e penso que poderia sim ser melhorado.Infelizmente toda forma de inclusão cultural tem um aspecto negativo. A Virada Cultural, por exemplo, é um evento sensacional, que proporciona ao público em geral ter acesso a diversas atrações de graça. A cidade fica iluminada durante um final de semana inteiro, mas também tem suas negativas: bagunça, sujeira, confusões etc. É o preço da muvuca. Mas como ter um povo mais educado sem promover o acesso à cultura? E dá-lhe impasse!

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  5. Infelizmente, o acesso a cultura de qualidade é caro e selecionado.

    Quando o acesso é dado a todos os cidadãos (nem todos, já que R$ 2,00 faz falta na renda de muitos brasileiros), a mistura resulta na revolta daqueles que possuem acesso a cultura de qualidade.

    Uma cartilha de como se comportar em uma sessão de cinema causaria algum efeito naqueles que leem no máximo um livro por ano?

    Talvez, o acesso ao cinema por R$ 2,00 deveria ser somente a filmes de conteúdo que demonstrassem a realidade brasileira, e não o nosso passado, já que somos resultado dele.

    Infelizmente, o cidadão brasileiro caminha para a liberdade positiva, ao invés da liberdade negativa, a qual é defendida por Friedrich Von Hayek.

    A liberdade negativa consiste em ausência de coerção por terceiros, porém, deve ser pautada em leis norteadoras de igualdade.

    Por outro lado, a liberdade positiva consiste na capacidade ou poder de um indivíduo para fazer o que deseja, sem limites.

    O encontro dessas liberdades resulta em um choque revoltante, como o que aconteceu nas sessões desta segunda-feira.

    Um bom filme para o festival do ano que vem seria "Olhe para o lado", com um roteiro realista de tudo que se passa no Brasil e no Mundo, demonstrando o que deve ser mudado.

    Só falta um cineasta conseguir um orçamento para um filme que não renderá lucros...

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  6. Realmente, eu já fui em um e é exatamente assim, uma baderna geral, mal dá pra assistir o filme... daí nem fui nesta segunda, seria cansativo. É uma pena que isso aconteça, mas, ...

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  7. Melhor seria se esse projeto incentivasse as crianças a apreciar o cinema nacional... abrir a todos, infelizmente nao adianta, pq o projeto que possui boas intenções acaba sendo infestado por "espertos" que aproveitam o inggresso barato para "zuar" no cinema...

    uma pena...

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  8. Matéria do dia 10/11/2009 do site Paranashop - link: http://www.paranashop.com.br/colunas/colunas_n.php?op=lazer&id=22842

    Projeta Brasil Cinemark cresce 22% em público em relação ao ano passado

    A décima edição do Projeta Brasil Cinemark, realizada ontem, atraiu 157.662 espectadores aos cinemas da Rede no Brasil. Dos 50 complexos participantes, o do Shopping Metrô Santa Cruz, em São Paulo, foi o mais visitado pelo quinto ano consecutivo, com um público de 7.457 pessoas. O segundo cinema mais movimentado do dia foi o do Shopping Interlar Aricanduva (6.751 pessoas), também em São Paulo, seguido pelo Plaza Shopping, em Niterói (6.393 pessoas).

    Dos 32 títulos exibidos, que incluiu documentários, infantis, comédias e dramas, o público pôde conferir as recentes produções do cinema nacional, como “Se Eu Fosse Você 2”, de Daniel Filho; “Herbert de Perto”, de Roberto Peliner e Pedro Bonz; “O Contador de Histórias”, de Luiz Villaça, “O Menino da Porteira”, de Jeremias Moreira, e “Salve Geral”, de Sérgio Rezende. Os cinco filmes mais vistos nesta edição foram: “Normais 2 – A Noite Mais Maluca de Todas”, de José Alvarenga Jr. (26.774 pessoas), “A Mulher Invisível”, de Cláudio Torres (26.576 pessoas), “Besouro”, de João Daniel Tikhomiroff (23.606 pessoas), “Divã, de José Alvarenga Jr. (15.338 pessoas), e “Jean Charles”, de Henrique Goldm an (10.296 pessoas).

    No complexo do Shopping Eldorado, em São Paulo, foi entregue o Troféu de Melhor Roteiro à Camila Luppi Mello, vencedora do concurso cultural “Brasil em Cartaz” promovido pela Rede. Seu filme “Menu” estreou ontem nas telas da Cinemark e ficará em cartaz até atingir a marca de um milhão de espectadores.

    O Projeta Brasil é uma iniciativa da Cinemark para incentivar a produção nacional e aproximar o público dos filmes brasileiros. O valor simbólico do ingresso a R$2 se manteve nesta edição de 2009. Toda a renda arrecadada, líquida de impostos, será revertida para ações em prol da cinematografia do país, como premiação para longas e curtas-metragem e apoio à festivais.

    Sessões

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  9. Poxa Vitor, concordo em gênero, número e grau com vc, em relação à falta de educação no cinema. Eu sou de chamar a atenção, mandar ficar quieto e reclamar se chutam minha poltrona. Lugar de gente sem educação certamente não é no cinema, onde as pessoas vão pra se divertir e onde se deve ter uma atenção e um respeito diferentes de outras mídias, por exemplo. Outro dia, no filme do Michael Jackson, 3 casais não paravam de atrapalhar, qdo uma funcionária (do Cinemark) chegou e pediu pra que eles parassem. Isso depois de eu já ter falado um monte.
    Enfim, como vc disse, que o cinema seja caro e pra poucos que sabem valorizar e se entregar a essa arte maravilhosa.

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