Moana: Um Mar de Aventuras


Nome Original: Moana
Ano: 2016
Diretor: John Musker, Ron Clements
País: EUA
Vozes: Auli’i Cravalho, Dwayne Johnson, Nicole Scherzinger, Jemaine Clement e Temuera Morrison.
Prêmios: Indicado ao Oscar de Melhor Animação e de Melhor Canção Original.

Motu Nui, um paraíso no Pacífico. Uma tribo vive tranquilamente nessa ilha isolada quando algumas mudanças começam a acontecer. Os peixes não passam mais o recife que circunda a ilha e isso afeta diretamente a vida dos moradores. O chefe da tribo sempre protecionista, não permite que ninguém tente ultrapassar a barreira de corais, por eventos passados. Sua filha, Moana, com o incentivo e apoio da avó é escolhida pelas forças do mar para liderar a salvação da ilha. Enfrentando o pai, ela descobre ser da linhagem de grandes navegadores e entra numa aventura em busca da redenção. No meio dessa impetuosa ação, a jovem encontra Maui, um lendário semideus egocêntrico e que causou a alteração do ecossistema com a retirada do coração de Te Fiti – deusa com o poder de criar a vida. Com canoas e embarcações, essa jornada pelo mar, folclore, cultura e vida polinésia é de uma riqueza enorme em muitos aspectos, inclusive espiritual. Linda animação, com imagens maravilhosas que nos faz crer que estamos vendo o mar real e com perfeição de detalhes – destaque para o cabelo de Moana. É uma animação visual, com bom humor embutido, com uma mensagem linda e contemporânea.



Moana é uma princesa independente, mulher empoderada, determinada e autossuficiente. Ela é um contraponto às princesas que a Disney costuma fazer e isso a torna real, humana e é um marco. Carismática, a jovem não tem par romântico e o pano de fundo da animação conversa com assuntos mais contemporâneos possíveis, como a salvação do planeta e preservação dos ecossistemas – tudo isso aliado à ousadia da personagem em tomar rédeas da sua vida e partir em busca do que acredita... Sim, há toda a parte de aventureira e lúdica que os filmes precisam ter, mas é através dessas nuances que o realismo se expõe. "Moana” tem algumas partes musicais, com temas polinésios, que até remetem à “Frozen” – mas nem de perto são chatas como no filme de Elza - mas isso não altera o ritmo do filme. “Moana” é lindo e merece ser visto não apenas pela já costumeira qualidade do estúdio, mas sim pela linda história fora da tradição de princesas frágeis e que serão salvas. A caiçara é uma inspiração para as crianças e uma lição para todos. Linda linda...

Vitor Stefano
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