O Médico Alemão

Nome Original: Wakolda
Ano: 2013
Diretor: Lucía Puenzo
País: Argentina, Espanha, França e Noruega.
Elenco: Àlex Brendemühl, Diego Peretti, Florencia Bado, Elena Roger e Natalia Oreiro.
Prêmios: Prêmio da Audiência no Festival Internacional de San Petersburg, Atriz Revelação, Atriz, Diretor e Filme no Festival Internacional da Unasur.




O nazismo é um marco absolutamente negativo na história da humanidade, mas há histórias fantásticas advindas desse período e o cinema, ao longo do tempo, desde os documentários de Leni Riefenstahl, registram a barbárie e a história para nunca esquecermos os ocorridos. “O Médico Alemão” é o mais recente extrato dessa polpa, mas sem guerra, sem Hitler, sem bombas. O que pode ser pior do que isso? Só um médico.

Patagônia, anos 60. Uma família está abrindo uma pousada na região e sorrateiramente aparece Helmut, um médico, alemão, aparência sóbria, bom coração. Um médico por perto é sempre importante, ainda mais quando sua filha Lilith (ou Wakolda) tem um aparente distúrbio hormonal que não lhe permite crescer como uma criança normal. Essa relação é um elo importante para que o doutor consiga fazer experimentos inovadores com a menina, sempre sob olhar desconfiado do pai. Com a chegada do inverno, vêm as descobertas e boatos que amedrontam a casa. Quem realmente é este médico? Porque ele observa tanto? Estuda tanto?


Lucía Puenzo fez uma opção excelente em não entrar em detalhes de quem é o médico durante toda fita. Para os mais desavidos é um thriller muito bem feito e que prende do começo ao fim. Ao final a revelação que Helmut é Josef Mengele, cientista do nazismo que testava novas experiências com fetos, crianças e animais que viveu por um grande período na Argentina e outro no Brasil. Um trecho biográfico muito interessante e sua forma cativa. As atuações estão impecáveis e a ambientação fabulosa. Um filme que merece ser visto. Mais uma grande produção dos nossos hermanos e, dessa vez, sem Ricardo Darín.

Vitor Stefano
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