Jovem e Bela

Nome Original: Jeune & Jolie
Ano: 2013
Diretor: François Ozon
País: França Elenco: Marine Vacth, Géraldine Pasilhas, Frédéric Pierrot e Fantin Ravat.
Sem Prêmios.



Sexo por dinheiro. Safadeza? Necessidade? Fetiche? Aventura? Hobby? Tudo isso e muito mais. “Jovem e Bela” é um filme belíssimo sobre a adolescência, sobre amores, sobre paixões, sobre sexo e sobre como as relações humanas são complexas. A vida é uma montanha russa sem fim, com altos e baixos, descidas e subidas, começos e fins. Montanhas de emoções exacerbadas ou estáticas. Uma vida é uma vida. E nunca será diferente.



Uma crônica que convivemos, ouvimos falar, sabemos que existe ou mesmo vivemos, mas numa sociedade hipócrita como a nossa, nunca admitimos que seja real. Quem na faculdade nunca ouviu dizer que “aquela ali é puta”, “aquela é profissa” ou algo do tipo? Prostituição é um tema de difícil abordagem onde pode cair na pornografia ou no recalque afim de não atingir o público. Ozon sabe exatamente o ponto limiar entre esses dois abismos e brinca de contar história de Isabelle. Uma bela jovem de 17 anos, estudante, advinda de uma família abastada e que após perder a virgindade de forma traumática, arrisca. Gosta. Faz cada dia mais. Discreta e tentando parecer mais velha, faz uma clientela fiel. Fideliza. Apaixona e deixa-se apaixonar. Por qual motivo ela chega a essa situação? Respostas não são fáceis, mas motivos são vários, mas não são possíveis de explicação. E quem quer responder os porquês da primeira profissão da história?



Marine Vacth tem uma beleza impressionante e está estupenda no papel da jovem. Ozon tem um olhar único no cinema atual. É capaz com histórias aparentemente densas dar um toque gentil às cenas mais pesadas e uma força a cenas cotidianas. Retrata a sociedade de forma tão clara que é impossível não se ver na tela. Seja no papel da jovem ou do senhor que busca seus serviços, de pai e mãe ou mesmo de um vizinho que vê tudo isso pela janela.

Vitor Stefano
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