Puan

 

A luta por faculdade pública de qualidade está entre os maiores orgulhos do povo argentino. Vivendo uma crise horrenda, ainda assim a noção de justiça e pertencimento faz com que as mobilizações e movimentos sociais se mantenham de pé e sem esmorecer diante do caos politico-econômico. Mas Puan vai muito além da militância estudantil de uma sala de filosofia. Puan é luta entre professores, inveja, burocracia, luto, legado, amor e divertidíssimo. É um filme que honra a filosofia. Um filme de perguntas…

Marcelo vive a perda do grande amigo e catedrático de filosofia da Universidade de Buenos Aires. Seu mentor deixou a vaga aberta. Marcelo é um sujeito único, com a sua falta de jeito, seu desleixo com as roupas, suas atrapalhadas. O retorno do bonitão Rafael trás consigo ameaça a essa vacância. Será que o antiquado Marcelo seria páreo para o galã e “estrangeiro” Rafael?

Essa disputa silenciosa ganha contornos dramáticos e hilários com a perseverança e busca por manter o emprego. Mas, pra ajudar em casa, Marcelo também dá aulas particulares e faz um trabalho de aulas em uma penitenciária. Rafael vive um tórrido namoro com uma grande atriz. Um abismo os separa mas há muita luta que precisamos de todos juntos. E as vezes um antagonista ajuda a buscar algo. Mas seria algo real? Existe algo real? Existe vida? Morte? A vida…

Puan consegue com seu roteiro divertido trazer perguntas e um personagem cativante em sua desgraça. Serve como uma reflexão sobre a faculdade, sobre a realidade argentina e a luta. Mas pode ser apenas um divertido filme para sorrir ao final. E emocionar com um belo tango. Vale muito!

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