Querido Menino
Everything.
Eu faria tudo pelo meu filho. Faço tudo. Porém até onde tudo vai? Há limites sobre as promessas e o esgotamento? Há limite pro amor à quem colocamos nesse mundo? Qual é a possibilidade de não termos mais forças pra seguir lutando, buscando, aconselhando, acolhendo, amando? O tudo sempre acaba?
Felix Van Groeningen fez novamente. Ensopado em lágrimas consigo escrever sobre essa jornada torturante de um pai - e toda sua família - por um filho. Entre recaídas e memórias de Nic, David Sheff é confrontado pelo limiar da exaustão sobre a dependência química que o filho sofre. Uma doença quase insuperável e que acaba adoecendo a todos ao seu redor.
O filme é uma sequência quase interminável de cenas mescladas da infância, presente e passado recente. E com essa montagem incrível e uma trilha sonora fabulosa Querido Menino emociona fugindo da fórmula moralizante que filmes sobre drogas tem. David é um ser humano. Nic também. Assim como Karen, Vicky. Como os irmãos. A saudade toma conta, a dependência ganha força. Os tratamentos se sucedem, confianças surgem de desejos individuais. De crer que ele vai melhorar. Mas sucumbir é também amar. Uma vida que acaba por contaminar todas outras da dor da incapacidade. Da falha. De que amar para sempre também é não amar mais.
É dilacerante. É agonizante. É maravilhoso. Belíssimas atuações, em especial de Timothée Chalamet e Steve Carell. Incríveis. Olhares. Abraços.
Que saudade do abraço do meu pai.
Que filme tocante.
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