Mulher Maravilha
Nome Original: Wonder Woman
Ano: 2017
Diretor: Patty Jenkins
País: EUA
Elenco: Gal Gadot, Chris Pine, Robin Wright, David Thewlis, Danny Huston, Elena Anaya, Connie Nielsen e Ewen Bremner.
Prêmio: Filme do Ano no AFI Awards.
2017. O ano marcado pelo empoderamento feminino a personagem icônica da força da mulher ganhou o seu primeiro filme solo. E certamente não é por acaso. Alguns dirão que é demanda do mercado. Que seja, estamos diante de um grande filme, com uma mensagem que vai além do tal empoderamento e é mais do que apenas mais uma simples fita de herói. É o primeiro filme da Mulher Maravilha, sobre deusas-amazonas vivendo numa ilha sem homens, dirigido por uma mulher, estrelado por uma ex-miss e ex-recruta do exercito israelense – que filmou grávida de uma menina. E o filme é sobre paz, amor, respeito e vida, elementos claros de uma mulher, mas mais do que isso. São elementos de um ser humano. E por se tratar de um filme de super-herói, a veia humanista da personagem é a grande maravilha. Um alívio num mundo onde esperamos heróis para jorrar seus superpoderes sobre os bons, aniquilar os maus e com a salvação do mundo. E um filme como “Mulher Maravilha” vem para entendemos que o poder está dentro de nós.
Themyscira. Nessa ilha habitada por mulheres é pacífica, mas cheia de amazonas guerreiras. São deusas, lideradas pela rainha Hipólita. Ela tem um único bem, uma única preocupação: Diana, sua filha. Por alguma conexão com os deuses, elas estão isoladas nesse paraíso. E a irmã da rainha, Antíope, é a maior guerreira daquele lugar e inspiração para a pequena Diana. Até que a mesma cresce e começa a fazer aulas de defesa e guerra com a tia. Mal sabia que a princesa estava sendo preparada para ser quem precisa acabar com Ares, o Deus da Guerra. Diana vive num dilema entre respeito à sua mãe e respeito às suas vontades. Ela quer explorar, salvar o mundo com uma ingenuidade impar e cativante. Até que Steve Trevor aparece. Um soldado inglês, vestido de alemão, vindo da Primeira Guerra Mundial. Seu avião cai bem próximo à ilha e o mesmo é salvo por Diana, que desconfiada, vê ali uma mudança de vida. Sim, Steve é o ponto de transformação de Diana em Mulher Maravilha. Com certa perplexidade, Steve duvida de onde esteja, duvida da vida, duvida daquele harém. Mas ele tem sua missão que é levar aos seus superiores todas informações que adquiriu dos alemães. Diana tem certeza que é Ades disfarçado. Os dois vão para o front em busca de Ares e dos alemães.
“Mulher Maravilha” vai da mitologia para a primeira guerra e nos toca como se fosse atual. É atual. A personagem vem ao mundo dos homens com a ingenuidade de uma criança e não para ser abusada e atropelada. Não, ela vem para nos reposicionar e mostrar que o mundo como está não dará certo. E não apenas pela guerra, onde há o absurdo de homens matarem outros homens, mas questionando atitudes do dia a dia. A escolha da diretora Patty Jenkins para comandar foi certeira, não apenas pelo gênero, mas sim pela ausência de vícios com filmes de heróis. O filme é diferente de todos outros desse gênero pelo olhar do mundo, da mulher e na construção da personagem. E não há o que falar de Gal Gadot. Ela é a própria Mulher Maravilha e está estupenda na atuação, na beleza e encarnou a personagem de uma forma que não conseguimos imaginar outra atriz possível. A ótima química com Chris Pine cria bons momentos de romance no meio da guerra, mas sem o sentimentalismo bobo que por vezes recai nessas cenas. A construção do vilão Ares é boa, mas mais por sua faceta no “nascimento” da Mulher Maravilha do que pela sua antítese física. Claro, é um filme de super-herói e há bons momentos dos personagens Doutora Veneno e General Ludendorff, mas que são realmente bons por conta da princesa Diana. “Mulher Maravilha” é muito bom na sua fotografia, na apresentação quase didática da personagem, no enredo mixando Primeira Guerra e mundo atual e visto num 3D (desnecessário) é um marco cinematográfico para o cinema de heróis, feminino e humanista.
Nota: 8
Vitor Stefano
Sessões
Themyscira. Nessa ilha habitada por mulheres é pacífica, mas cheia de amazonas guerreiras. São deusas, lideradas pela rainha Hipólita. Ela tem um único bem, uma única preocupação: Diana, sua filha. Por alguma conexão com os deuses, elas estão isoladas nesse paraíso. E a irmã da rainha, Antíope, é a maior guerreira daquele lugar e inspiração para a pequena Diana. Até que a mesma cresce e começa a fazer aulas de defesa e guerra com a tia. Mal sabia que a princesa estava sendo preparada para ser quem precisa acabar com Ares, o Deus da Guerra. Diana vive num dilema entre respeito à sua mãe e respeito às suas vontades. Ela quer explorar, salvar o mundo com uma ingenuidade impar e cativante. Até que Steve Trevor aparece. Um soldado inglês, vestido de alemão, vindo da Primeira Guerra Mundial. Seu avião cai bem próximo à ilha e o mesmo é salvo por Diana, que desconfiada, vê ali uma mudança de vida. Sim, Steve é o ponto de transformação de Diana em Mulher Maravilha. Com certa perplexidade, Steve duvida de onde esteja, duvida da vida, duvida daquele harém. Mas ele tem sua missão que é levar aos seus superiores todas informações que adquiriu dos alemães. Diana tem certeza que é Ades disfarçado. Os dois vão para o front em busca de Ares e dos alemães.
“Mulher Maravilha” vai da mitologia para a primeira guerra e nos toca como se fosse atual. É atual. A personagem vem ao mundo dos homens com a ingenuidade de uma criança e não para ser abusada e atropelada. Não, ela vem para nos reposicionar e mostrar que o mundo como está não dará certo. E não apenas pela guerra, onde há o absurdo de homens matarem outros homens, mas questionando atitudes do dia a dia. A escolha da diretora Patty Jenkins para comandar foi certeira, não apenas pelo gênero, mas sim pela ausência de vícios com filmes de heróis. O filme é diferente de todos outros desse gênero pelo olhar do mundo, da mulher e na construção da personagem. E não há o que falar de Gal Gadot. Ela é a própria Mulher Maravilha e está estupenda na atuação, na beleza e encarnou a personagem de uma forma que não conseguimos imaginar outra atriz possível. A ótima química com Chris Pine cria bons momentos de romance no meio da guerra, mas sem o sentimentalismo bobo que por vezes recai nessas cenas. A construção do vilão Ares é boa, mas mais por sua faceta no “nascimento” da Mulher Maravilha do que pela sua antítese física. Claro, é um filme de super-herói e há bons momentos dos personagens Doutora Veneno e General Ludendorff, mas que são realmente bons por conta da princesa Diana. “Mulher Maravilha” é muito bom na sua fotografia, na apresentação quase didática da personagem, no enredo mixando Primeira Guerra e mundo atual e visto num 3D (desnecessário) é um marco cinematográfico para o cinema de heróis, feminino e humanista.
Nota: 8
Vitor Stefano
Sessões
Nesta era de vídeos e mais vídeos na internet. Tenho apreciado cada vez mais a corrente contrária, ou seja, ler... Bendito silêncio da leitura não morra na internet.
ResponderExcluirMas o rapaz voltou uma máquina de produzir ótimos textos... Que bom que voltou!
ResponderExcluirHahahahaa Obrigado, mano! Que bom que está gostando! Estamos ai na ativa de volta...
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