
Vamos combater essa pouca vergonha, essa putaria. A coisa lá
na Paulista tá feia... Levy Fidelix é a representação dos cidadãos de bem, íntegros
e que lutam por um ideal máximo: viver no mundo ariano. Mas como de comediante
de uma eleição o senhor do bigode torna-se centro das atenções e não por suas
propostas, mas sim por ser um babaca, um escroto? Levy é a prova do lado ruim
da democracia, ao ter que conviver e ouvir certos tipos de opiniões.
Inacreditável que essa figura tosca, retrógrada, totalitário, homofóbico,
discriminador das minorias ainda tenha menos que 1% de intenções de voto. Menos
que 1% é muito para um crápula desses. E infelizmente não há o que fazer apenas
a revolta. Aliás, há sim. O cinema brasileiro está aí para provar que Levy e
seus seguidores devem sair do armário. Quem repudia quer comprar. Levy, você
como pai e avô deveria dar exemplo. Levy, você como político devia dar exemplo,
não incitar o ódio. Levy, você calado é um poeta, morto é um peso a menos para
o mundo.
Nos últimos anos temos visto uma enxurrada de filmes
brasileiros que se enquadrem na generalização de LGBT. Enquadrar num gênero não
deixa de ser excludente, porém a escolha de “Hoje eu Quero Voltar Sozinho” a
representante do Brasil no Oscar 2015 é a demonstração de que o Brasil está
cada vez mais consciente da igualdade e da necessidade de, ao menos, discutir
posições históricas determinadas por uma Igreja excludente e um Estado
opressor. Claro que ainda existe e sempre existirão os inconformados, os Levys
da vida, porém a grande maioria da sociedade evolui na medida em que cada vez
mais pessoas do seu convívio se enquadram no gênero.
O cinema brasileiro deste século tem filmes emblemáticos que
retratam a realidade dos homossexuais no país. De forma clara ou apenas como
cotidiano, a causa homossexual está representada numa lista grande e é possível
imaginar o excelentíssimo Levy em todos eles. Segue uma lista de filmes que
farão Levy Fidelix sorver em arrepios e ódio:
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“Carandiru” (2003) de Hector Babenco – Ah, o Levy paga pau pro Santoro de
mulherzinha. |
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“Cazuza – O Tempo não Passa” (2004) de Sandra Werneck e Walter Carvalho – Levy fica arrepiado ao som do
Cazuza |
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“Como Esquecer” (2010) de Malu de Martino – A filha do Levy é sapata?
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“Do Começo ao Fim” (2009) de Aluizio Abranches – O irmão deve ter comido o Levyzinho |
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“Dzi Croquetes” (2010) de Tatiana Issa e Raphael Alvarez – Aquele bigode cairia como uma luva no Dzi
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“Elvis e Madonna” (2010) de Marcelo Laffitte – Levy, você nunca será Madona,
Fidelinha... |
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"Flores Raras" (2013) de Bruno Barreto - O Levy de calcinha é uma gracinha |
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“Madame Satã” (2002) de Karim Aïnouz – Levy arrasa na noite |
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“Tatuagem” (2013) de Hilton Lacerda – “Tem aparelho excretor, tem aparelho
excretor...” |
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“Praia do Futuro” (2014) de Karim Aïnouz – Levy vai pra Berlim ver o Aerotrem do
Hitler de perto |
Que o cinema brasileiro durante o mandato do próximo presidente seja ainda mais amplo e aberto à todo tipo de assuntos, sem filtros, sem censura, sem vergonha! Levy Fidelix não representa o Sessões.
Vitor,
ResponderExcluirMuito oportuno este seu artigo.
O cinema brasileiro tem transitado bem no tema. Lembro de dois filmes interessantes, a comédia "Do Lado de Fora" e o drama pesado "Teus Olhos Meus" de Caio Sóh.
Parabéns pelo post!
Abs!