Procurando Elly
Nome Original: درباره الی
Ano: 2009
Diretor: Asghar Farhadi
País: Irã e França
Elenco: Golshifteh Farahani, Shahab Hosseini, Taraneh Alidoosti e Merila Zare’i.
Prêmio: Melhor Roteiro e Grande Prêmio do Juri no Asia Pacific Screen Awards e Melhor Diretor no Festival de Berlim.
Diretor: Asghar Farhadi
País: Irã e França
Elenco: Golshifteh Farahani, Shahab Hosseini, Taraneh Alidoosti e Merila Zare’i.
Prêmio: Melhor Roteiro e Grande Prêmio do Juri no Asia Pacific Screen Awards e Melhor Diretor no Festival de Berlim.
Quando se fala de filme iraniano, grande parte do público já vira a cara, pensa numa história de guerra ou mesmo do fanatismo religioso que acomete o país do Oriente Médio. Quem está mais interado no cinema daquele país nas últimas décadas, sabe que pode esperar algo de uma qualidade altíssima. Apesar das constantes intromissões governamentais, os diretores, atores e produtores continuam sua produção criticando, ousando e buscando o que a arte pode oferecer de melhor, a liberdade. Kiarostami (“Gosto de Cereja”), Panahi (“O Círculo”) e Farhadi (“A Separação”) são os mais famosos cineastas iranianos e através deles é que desvendamos que o Irã e os iranianos não são o que aparentam. O iraniano é mais parecido com o brasileiro do que imaginamos. Se você não acredita nas palavras desse que escreve, veja “Procurando Elly”. É um filme incrível, que poderia ser em qualquer lugar do mundo.
Quando um grupo de casais resolve se encontrar e ir para o
litoral comemorar o retorno de Ahmad. Ele volta da Alemanha, após uma
separação. Sepideh convida Elly, professora dos seus filhos, para, quem sabe,
apresentar os dois. Elly é bem recebida por todos, e até rola um clima, apesar
dela sempre aparentar receio e preocupação. Sua mãe não anda bem. Um fim de
semana muito divertido, à beira do Cáspio, crianças se divertindo, homens
conversando sobre tudo, fumando seu narguilé, mulheres fofocando.
Repentinamente Elly some. Tensões, culpa, busca, desespero, perda de controle.
Enquanto todos buscam Elly, conhecemos os habitantes daquela casa. Em uma
situação limite os humanos tornam-se animais irracionais, o lado selvagem
sobrepõe à razão. Quem é Elly? O que ela fazia ali? Porque ela foi? A culpa
torna-se tema central e causa o caos.
Fahradi faz com maestria a direção desse filme. A tensão
criada é exacerbada com o constante som do mar. A espera pela moça, as
buscas, o caos. Impossível não se envolver, não se desesperar, não imaginar o
que pode acontecer. Atores excelentes dão mais veracidade aos acontecimentos. O
cinema iraniano é um dos que mais cresce nos últimos anos por fazerem filmes
que ultrapassam suas fronteiras. É um cinema mundial!
Vitor Stefano
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