Tudo o Que Desejamos
Nome Original: Toutes nos Envies
Diretora: Philippe Lioret
Ano: 2011
País: França.
Diretora: Philippe Lioret
Ano: 2011
País: França.
Elenco: Vincent Lindon e Marie
Gillain.
Sem Prêmios.
Sem Prêmios.

A vida de Claire é absolutamente incrível. Casada com um
chef, 2 filhos lindos e muito bem reconhecida no trabalho como juíza. Tudo
começa a mudar no momento que reconhece a mãe de uma amiga da creche de sua
filha num julgamento. Entendendo a dificuldade da moça, julga de forma a tentar
ajuda-la contra a financeira que a processa. Cria aí uma grande amizade, mas
junto, um grande desafio. Por ter sido considerada parcial, outro juiz é convocado
para o caso. Aí começa outra amizade. Junto a essa empreitada surge um câncer
no cérebro num local inoperável. Opta por não fazer tratamento. Opta por morrer
sã, sem a agonia que os tratamentos causam. Opta por não contar a ninguém e
definha com o passar dos meses. A (resto da) vida de Claire passa a ser guiada
pela obsessão em ajudar Céline com o guardião Stéphane. A paz de espírito
estará nas mãos da justiça, que como aqui, é lenta (não tanto). A morte sempre
foi nossa única certeza. Escolher como ocorrerá é uma dádiva. Claire deixou
mais do que uma causa vencida, deixou todos em sua volta aptos a continuar
vivendo como se nada tivesse acontecido.
É a prova definitiva que sou ainda mais fã de Phillippe
Lioret. Todos os seus filmes que vi (“Não se Preocupe, Estou Bem!” e “Bem
Vindos”) são aulas de como se contar uma história da forma simples, mas
absolutamente envolvente. Lioret consegue seguir um trilho de grandes diretores
franceses que primam pela destreza de capturar o expectador pela imagem, pelos
diálogos e envolvendo definitivamente pela trilha sonora. “Tudo o que
Desejamos” deixa o diretor entre os meus prediletos do cinema contemporâneo.
Pelo tema duro, há momentos de extrema poesia, como o mergulho no rio gelado. A
ligação de amizade entre Claire e Stéphane é uma linda prova que a amizade é
mais palavras de carinho e sim uma cumplicidade que não precisa de palavras
para existir. A troca de olhares é mais complexa que um lindo e longo texto
explicando o que é o amor.
Vitor Stefano
Sessões
Eu gostei demais desse filme. Eu já vi 'Bem Vindos', mas ainda não vi 'Não se Preocupe, Estou Bem'. Vou providenciar já! Vida longa ao blog!
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