Cosmópolis
Nome Original: Cosmopolis
Diretora: David Cronenberg
Ano: 2012
País: Canadá, França, Portugal e Itália
Elenco: Robert Pattinson, Sarah
Gadon, Paul Giamatti, Juliette Binoche, Emily Hampshire e Mathieu Amalric.
Sem Prêmios.
Sem Prêmios.

Revolução, confusão. Caos, Barulho. Ideais, Inexpressão. Vida, Morte.
Não dá para ver Cosmópolis e ficar imparcial. Ama ou odeia.
É um filme complexo, difícil, enfadonho, histérico. Oscila demais entre a
crítica ao capitalismo com a certeza do anarquismo e do futuro desconhecido.
Crise. Uma limusine, um jovem milionário, um casamento, muitos empregados,
muitas mulheres, muitas dúvidas. Não há tanta adrenalina numa vida de um homem
bomba. E a paz de espírito? Aonde fica? Cosmópolis é a mistura de muitas coisas
numa limusine, num personagem, numa sociedade sedenta de liberdade, de
dinheiro, de comando. As cidades estão em colapso.
Sei que muitos odeiam e nem pensam em ver por conta de
Robert Pattison. Eu ainda ahco que ele será um ótimo ator, sabe, tipo Leonardo
di Caprio, odiado de “Titanic”. Acho que ele evoluirá. Tem beleza, carisma e
talento para isso. Suas escolhas recentes mostram que não está preso a filmes
teen que é tiro certo para a audiência. Ele vai brilhar ainda muito. Ele está
bem, tem ótimos coadjuvantes ao seu lado (destaques para o sempre fabuloso Paul
Giamatti e para o excelente Mathieu Amalric), mas que não consegue trilhar com
mais facilidade por entraves do roteiro e por sua inspiração endoidecida de Don
DeLillo. Dinheiro trocado por ratos. Sonho. Utopia. Loucura. Genialidade.
Crise.
David Cronenberg é o diretor mais cool de Hollywood. É
cultuado por seus filmes de terror psicológicos nos anos 80, como “A Mosca” e
“Videodrome”, evolui para filmes fabulosos e cabeças como “Crash” e amadureceu
e se firmou como um grande cineasta nos filmes “Marcas da Violência”,
“Senhores do Crime” e "Um Método Perigoso". Uma trajetória extraordinária de um diretor que sabe fazer
de tudo e com muita inteligência. “Cosmópolis” poderia ser o filme de sua vida,
mas não é. “Cosmópolis” podia ser a maior crítica ao imperialismo americano e
capitalismo selvagem, mas não é. “Cosmópolis” podia ser o melhor filme da
história, mas não é. “Cosmópolis” é “Cosmópolis”. Consigo dizer o que não é,
mas o que é eu não tenho condições.
Como disse, é impossível ficar imparcial, mas eu não sei
ainda o que senti.
Vitor Stefano
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