O Artista
Nome Original: The Artist
Diretor: Michel Hazanavicius
Ano: 2011
País: França/ Bélgica
Elenco: Jean Dujardin, Bérénice Bejo, John Goodman, James Cromwell, Penelope Ann Miller, Missi Pyle, Beth Grant, Ed Lauter, Joel Murray, Bitsie Tulloch, Ken Davitian, Malcolm McDowell.
Prêmios: Globo de Ouro de Melhor Filme - Musical ou Comédia, Melhor Ator (Musical ou Comédia) para Jean Dujardin e Melhor Trilha Sonora, Oscar de Melhor Filme, Ator, Diretor, Trilha Sonora e Figurino.
Aviso importante: Filme altamente recomendável. Não se preocupe! Nada do descrito neste post trará detalhes sobre a história do filme. Por esta mesma razão também foi dispensado o trailler.
Uma gracinha! É destes filmes que fazem homenagem ao cinema, que mostram bastidores com toda a poesia que vale uma tarde. Uma fina sacada. Uma homenagem a grandes clássicos do cinema mudo e falado. Torna o passado revisitado mais inédito que o presente e o futuro anunciado. Um filme de grande produção, mas que mostra que dentro de uma cultura de excessos, ser simples pode ser prodigioso.

Quantas vezes o espectador se depara com um filme que dizia tudo sem falar nada. Daqueles de diálogos quase desnecessários todo tempo. E por muitas vezes, a decepção de “ele não precisava falar” tudo já estava ali. Aí vem, aquele sentimento de que parece que o idealizador da “coisa” acredita que o público não entende nada, que as intenções precisam ser esfregadas na cara e se fazerem engolir. Deixando os significados e reações previsíveis, o máximo de comentários que provoca não renderia material para nenhum blog de cinema existir.
Além da maldição da didática. Existe mais uma que também incomoda o fluxo da saliva, que é a impressão de estragaram todo o trabalho e desperdiçaram cada tostão colocado no filme, por que resolveram investir na produção e esqueceram que estavam realizando um filme e não um jogo de vídeo-game.
Ver o fime “O Artista” faz pensar de o quanto este tipo de poética enxuta faz falta no cinema e na vida. Às vezes parece que os profissionais das artes estão mais preocupados em florear o rabo do peru do que entreter, emocionar, provocar reflexões, permitir sonhar.

O Artista não esfrega nada na sua cara. O Artista consegue a sofisticação de ser simples, porque a emoção não explicada o é. E é isto o que muitos públicos buscam quando acomodam suas colunas nos sofás ou nas salas de cinema - o entretenimento pela via aberta, universal e simplória da emoção.
São muitas vezes cenas delicadas, sorrisos da mocinha e conflitos existenciais e amorosos do herói que fazem grandes filmes, mesmo no século 21. As tecnologias mudaram, as sensações nada mudaram. Todos os que olham, estão olhando aquele personagem e esperando só um gesto, um olhar, uma identificação. Estas sutis e mínimas sacadas que fazem algumas cenas serem memoráveis, inesquecíveis, antológicas...
Leandro Antonio
Sessões
Diretor: Michel Hazanavicius
Ano: 2011
País: França/ Bélgica
Elenco: Jean Dujardin, Bérénice Bejo, John Goodman, James Cromwell, Penelope Ann Miller, Missi Pyle, Beth Grant, Ed Lauter, Joel Murray, Bitsie Tulloch, Ken Davitian, Malcolm McDowell.
Prêmios: Globo de Ouro de Melhor Filme - Musical ou Comédia, Melhor Ator (Musical ou Comédia) para Jean Dujardin e Melhor Trilha Sonora, Oscar de Melhor Filme, Ator, Diretor, Trilha Sonora e Figurino.
Aviso importante: Filme altamente recomendável. Não se preocupe! Nada do descrito neste post trará detalhes sobre a história do filme. Por esta mesma razão também foi dispensado o trailler.
Uma gracinha! É destes filmes que fazem homenagem ao cinema, que mostram bastidores com toda a poesia que vale uma tarde. Uma fina sacada. Uma homenagem a grandes clássicos do cinema mudo e falado. Torna o passado revisitado mais inédito que o presente e o futuro anunciado. Um filme de grande produção, mas que mostra que dentro de uma cultura de excessos, ser simples pode ser prodigioso.
Quantas vezes o espectador se depara com um filme que dizia tudo sem falar nada. Daqueles de diálogos quase desnecessários todo tempo. E por muitas vezes, a decepção de “ele não precisava falar” tudo já estava ali. Aí vem, aquele sentimento de que parece que o idealizador da “coisa” acredita que o público não entende nada, que as intenções precisam ser esfregadas na cara e se fazerem engolir. Deixando os significados e reações previsíveis, o máximo de comentários que provoca não renderia material para nenhum blog de cinema existir.
Além da maldição da didática. Existe mais uma que também incomoda o fluxo da saliva, que é a impressão de estragaram todo o trabalho e desperdiçaram cada tostão colocado no filme, por que resolveram investir na produção e esqueceram que estavam realizando um filme e não um jogo de vídeo-game.
Ver o fime “O Artista” faz pensar de o quanto este tipo de poética enxuta faz falta no cinema e na vida. Às vezes parece que os profissionais das artes estão mais preocupados em florear o rabo do peru do que entreter, emocionar, provocar reflexões, permitir sonhar.

O Artista não esfrega nada na sua cara. O Artista consegue a sofisticação de ser simples, porque a emoção não explicada o é. E é isto o que muitos públicos buscam quando acomodam suas colunas nos sofás ou nas salas de cinema - o entretenimento pela via aberta, universal e simplória da emoção.
São muitas vezes cenas delicadas, sorrisos da mocinha e conflitos existenciais e amorosos do herói que fazem grandes filmes, mesmo no século 21. As tecnologias mudaram, as sensações nada mudaram. Todos os que olham, estão olhando aquele personagem e esperando só um gesto, um olhar, uma identificação. Estas sutis e mínimas sacadas que fazem algumas cenas serem memoráveis, inesquecíveis, antológicas...
Leandro Antonio
Sessões
The Artist não é somente uma obra prima ,e sim uma homenagem ao cinema.A homenagem em forma de imitação que deu certo.Esteticamente perfeito , é lindo,encantador e emocionante.O filme nos teletransporta ao tempo da Era do ouro e ao final dessa viagem ,além do sorriso no rosto ,fica a certeza de que a sétima arte ainda tem muito a nos oferecer.Bravo!
ResponderExcluirAliás, como é bom sair da sala de cinema com o sorriso que um filme como este deixa no rosto. Um brinde a sensibilidade sempre!
ExcluirObrigado Camila pelos seus comentários e visitas.
Leandro Antonio
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O engraçado é que hoje em dia só vejo a crítica de um filme depois que o vi.Porque contam em detalhes tudo que acontece e perde toda a graça. A sua omitiu até mesmo o trailer. Que bom isso. Ficou mais uma vez provado que não é preciso um elenco estelar, nem ricos diálogos e nem cor, para ser considerado um filme excelente. Adorei!
ResponderExcluirTambém tenho evitado buscar detalhes antes de assistir aos filmes atualmente. Gosto mesmo é de me informar sobre o filme depois, se este me despertou interesse para isto.
ExcluirA mim parece que os traillers andam muito reveladores e acabam estragando algumas sensações que o filme poderia propiciar no momento em que ele está acontecendo para quem vê.
Ela, obrigado!
Leandro Antonio
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O filme me remeteu a Cantando na Chuva, que acho excelente! Gostei dO Artista, achei que valeu o oscar, mas o cachorrinho deveria ganhar um prêmio também. Ele é responsável por quase todo humor do filme.
ResponderExcluirUma grande homenagem a Cantando na Chuva. Aliás, só eu acho ou o Jean Dujardin está a cara do Gene Kelly no filme? Mudando um pouco de assunto, sem mudar... ontem fui ao cinema e parece que O Artista finalmente está alavancando alguma bilheteria no Brasil.
ExcluirValeu pelo comentário, casamejima!
Leandro Antonio
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E olhe que a semelhança nem se deve ao bigodinho tão não atual! Muito menos ao fato de ser em preto e branco, o que não tira o colorido do filme. Talvez tudo isso junto, aliado à história do cinema mudo e do sapateado. Aliás, achava e talvez ainda ache que ninguém mais sapateará como o Gene Kelly e os atores da época. É algo parecido com o que aquela mulher que vira sucesso no filme fala: o velho dá espaço ao novo. E eu ainda adoro aquele sapateado de Cantando na Chuva e o balé clássico (cada um que enfrente seus problemas!).
ExcluirA dança no filme uma gracinha. Não houve pretensão de mostrar virtuosos do sapateado. Ficou claro que as levezas estiveram muito mais nas ideias do que nas danças em O Artista.
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